Visita de Pompeo ao Brasil: O cerco se fecha na América Latina

A visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao Brasil, mais particularmente a fronteira com a Venezuela, é mais um capítulo da tentativa de intervenção militar na Venezuela para tentar abortar o pensamento de Simon Bolívar e outros libertadores da América Latina.

A ebulição politica e social na América Latina é um fato claro em todos os sentidos. O dedo do imperialismo dos EUA no cerco aos governos progressistas na região tem um claro sentido de manter os seus interesses geopolíticos. Os governos do México, Venezuela e Argentina são os mais independentes neste momento de agravamento da crise econômica com a pandemia do Covid-19. A visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao Brasil, mais particularmente a fronteira com a Venezuela, é mais um capítulo da tentativa de intervenção militar na Venezuela para tentar abortar o pensamento de Simon Bolívar e outros libertadores da América Latina.

O Relatório da Comissão de Direitos Humanos da ONU acusando o governo de Nicolás Maduro de crimes contra a humanidade é uma forma de criar um clima internacional para uma saída bélica para o conflito na região. Os massacres que estão ocorrendo há vários meses na Colômbia criando um caos politico e social poderia ser mais noticiado pela grande imprensa, mas o tom emocional das matérias jornalísticas levam a opinião pública a apoiar uma solução militar para a crise seríssima que assola a América Latina com o aumento estratosféricos da fome e do desemprego nos países do continente.

A frase dita na década de 60 de que onde vai o Brasil pende toda a América Latina é mais verdadeira do que nunca. Com a tendência fascista do cenário politico brasileiro com a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência do Brasil a solução de intervenção militar na Venezuela é um fato a ser posto na conjuntura política. O aumento do orçamento do governo brasileiro na área de defesa é uma demonstração de que a atual administração do Brasil aposta nos recursos do setor de defesa, principalmente norte-americano, para criar um conflito para tentar a solução para as crises do capitalismo que é guerra. Para deste modo matar uma parte do excedente populacional que está morrendo de fome nas grandes metrópoles brasileiras.

Julio Cesar de Freixo Lobo