Fidel Castro adverte sobre consequências de agressão ao Irã

Havana, 13 jul (Prensa Latina) O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, advertiu ontem sobre o grave perigo que para a paz mundial significará uma agressão militar dos Estados Unidos e Israel ao Irã.


Havana, 13 jul (Prensa Latina) O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, advertiu ontem sobre o grave perigo que para a paz mundial significará uma agressão militar dos Estados Unidos e Israel ao Irã.


Durante uma participação no programa televisivo especial Mesa Redonda, Fidel Castro destacou que esse ataque, para o qual Estados Unidos e Israel têm concentrado importantes efetivos militares no Golfo Pérsico, pretende destruir o Irã e se baseia em uma equivocada teoria de uma ausência de resistência por esse povo.


Fazer um cálculo sobre a base de que os iranianos vão sair correndo é um verdadeiro absurdo, pontualizou, depois de recordar a história de luta dessa nação e também seus preparativos defensivos durante as últimas três décadas.


Expressou que, diante dos agressivos movimentos dos Estados Unidos e Israel totalmente públicos, o Irã adquiriu todas as armas possíveis e milhões de seus cidadãos fazem parte dos Guardiões da Revolução e das forças de ar, mar e terra do Exército e da Marinha.


Estão treinando todas as pessoas maiores de 12 anos e menores de 60, são 20 milhões de muçulmanos xiitas, manifestou em alusão aos generalizados preparativos do povo para enfrentar a agressão anunciada.


Referiu-se à resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU impondo sanções ao Irã, a qual, considerou, poderia ter sido vetada por Rússia e China, pois são países preocupados realmente com a paz.


Fidel Castro referiu-se à gravidade da tensão na região e às preocupações que representam para os Estados Unidos as necessidades de gás do Paquistão e Índia e o contrato de fornecimento desse combustível assinado pelo primeiro de ditos países com Teerã.


Paralelamente, advertiu que um ataque ao Irã poderia repercutir imediatamente na península coreana pelas ameaças dos Estados Unidos de golpear militarmente a Coreia do Norte, baseadas na falsa culpabilidade desse país no afundamento de um navio da Coreia do Sul, pelo qual responsabilizou os Estados Unidos.


Depois de assinalar que os coreanos não vão esperar que os agridam, disse que um primeiro conflito pode desencadear também uma guerra nuclear nessa região. Seria uma guerra imediatamente após outra, agregou, para reforçar o perigo do fato.


Em outra parte de sua intervenção revelou que os Estados Unidos gasta em questões militares mais recursos que todas as nações do mundo e esses orçamentos de guerra superam em 49 por cento o gastado por Washington no ano 2000.