Segundo turno para a esquerda equatoriana
Este domingo, 7 de fevereiro, foram realizadas eleições presidenciais no Equador. Depois de 30 dias de campanha, as pesquisas apontavam ao candidato Andrés Araúz, representante de Rafael Correa, e ao banqueiro Guillermo Lasso em primeiro e segundo lugar respectivamente. No entanto, novamente as empresas de pesquisa foram as grandes perdedoras.
O processo eleitoral foi levado a cabo en meio a medidas de segurança devido à pandemia de COVID-19 e trouxe mais uma surpresa nas urnas: o povo rebelde que se levantou a defender seus direitos em outubro se manifestou também nas urnas, e levou ao segundo turno o candidato do Movimiento Plurinacional Pachakutik, Yaku Pérez, com 20,12% e o candidato Andrés Araúz con 32,05%; resultado confirmado com 69,68% das atas eleitorais apuradas. Do segundo turno, que será domingo 21 de abril, participarão dois candidatos que os e as equtorian@s veem como alternativas concretas da esquerda.
Os comícios de ontem também elegerão parlamentares às Assembleias Nacional, Provinciais e ao Parlamento Andino, onde, até a conclusão desta nota, se apresentava maioria ao Movimiento Plurinacional Pachakutik e à Aliança União pela Esperança, partido que representa Rafael Correa.
Da mesma forma, foi realizada na provincia de Azuay uma consulta popular para decidir se deve ser realizada atividade de mineração na bacia de 5 rios da provincia. Neste domingo, 80,9% da cidadania elegeu a água e a vida, ficando proibida a exploração mineral metálica nas bacias dos rios Tarqui, Yanuncay, Tomebamba, Machángara e Norcay.
Os resultados desses comícios deixam claro que o povo equatoriano escolhe a vida e a natureza acima do capital.
Ulkira Borges