Carta Aberta de Solidariedade a Cuba e de Repúdio aos ataques do governo estadunidense contra a ilha

Repudiamos categoricamente as decisões executivas do governo dos Estados Unidos de incluir novamente o nome da República de Cuba em sua lista de supostos países promotores do terrorismo, bem como de enviar ao campo de detenção de Guantánamo, que mantém ilegalmente em solo cubano, latino-americanos presos e a serem presos como resultado de sua política sensacionalista de amedontrar, perseguir e encarcerar imigrantes de todo nosso continente.

Repudiamos categoricamente as decisões executivas do governo dos Estados Unidos de incluir novamente o nome da República de Cuba em sua lista de supostos países promotores do terrorismo, bem como de enviar ao campo de detenção de Guantánamo, que mantém ilegalmente em solo cubano, latino-americanos presos e a serem presos como resultado de sua política sensacionalista de amedontrar, perseguir e encarcerar imigrantes de todo nosso continente.

Sem surpresa alguma, porém com muita indignação, observamos o recém empossado presidente dos EUA Donald Trump anunciar dentre seus primeiros decretos a inclusão de Cuba nesta lista espúria, menos de uma semana após seu predecessor Joe Biden havê-la retirado; uma medida que, apesar de insuficiente, havia avançado no sentido de reparar um erro histórico, coerente com a posição da comunidade internacional e o respeito aos direitos humanos do povo cubano, que por décadas vê obsaculizada a satisfação de suas necessidades básicas essenciais.

A posse de Trump reuniu fieis personificações da anarquia dos monopólios que redefine o capitalismo contemporâneo, e não por acaso o bilionário showman teve Cuba como um de seus primeiros alvos. Com retórica violenta e simplista, que demonstra total desprezo pela América Latina e Caribe, busca ocultar o desespero de um imperialismo decadente que tenta retroceder a roda da história. A unidade latino-americana se torna mais uma vez nossa arma mais poderosa contra o inimigo do norte e, ciente disso, pretende socavá-la e criminalizá-la ao lançar imediatamente as primeiras ofensivas de sua guerra comercial e atacar a ilha de Cuba, o farol que há 66 anos nos guia rumo à verdadeira independênica e soberania na construção de um futuro superior para nossos povos.

Reverter o processo de fechamento da base ilegal de Guantánamo, que avançava lentamente desde o governo Obama, faz parte de sua atual política de intervenção e apropriação dos territórios de outras nações, aplicando a Doutrina Monroe como se estivéssemos no início do século XX, em que estabelecia a hegemonia do imperialismo e tratava a América Latina e Caribe como suas novas colônias. Além de atacar a soberania cubana, evidencia o matrimônio do governo Trump com a ideologia neofascista que prega a doutrina do inimigo interno para aterrorizar, perseguir e condenar sem julgamento milhares de pessoas a serem encarceradas neste seu moderno centro de torturas.

Toda solidariedade a Cuba, alvo do imperialismo justamente por representar na América Latina o exemplo contundente de um povo que, apesar das dificuldades e dos ataques, não se curva a seus algozes, nem negocia sua soberania. Que toda a América Latina supere este momento histórico como sempre fez o povo cubano: combatendo!

Viva Cuba Socialista!

Viva a unidade latino-americana!

Abaixo o bloqueio genocida do imperialismo!

Em solidariedade internacionalista, Comitê Central do Partido Comunista Marxista-Leninista – Brasil

Rio de Janeiro, 03 de fevereiro de 2025