Cuba denuncia libertação de Posada Carriles nos EUA
Cuba denuncia libertação
de Posada Carriles nos EUA
Havana, 9 mai (PL) O governo
dos Estados Unidos retirou totalmente a máscara e consumou a impunidade
ao exonerar de todas as acusações o terrorista internacional Luis
Posada Carriles, denuncia hoje o jornal Granma.
• Destacada preparação
de Cuba para enfrentar ações terroristas
Ao comentar a sentença da
juíza federal Kathleen Cardone, de El Paso, Texas, que desestimou ontem
as acusações de fraude migratória contra Posada Carriles, o diário
sublinha que "essa decisão já estava tomada há muito pela Casa
Branca".
Com o título de "Libertado
o terrorista, consuma-se a impunidade", o Granma afirma que a Promotoria,
em representação do governo de George W. Bush, "jamais o acusou
pelo que é, empregando subterfúgios legais para esconder a farsa judicial".
No próximo dia 11 de maio,
o autor confesso da explosão de um avião cubano com 73 pessoas a bordo,
em 1976, deveria responder diante de um tribunal, mas apenas por fraude
migratória para os Estados Unidos.
No entanto, foi liberado sob
fiança até que, na segunda-feira, recebeu luz verde para viver como
um cidadão comum nesse país, ainda que contra ele pesem graves acusações
e uma ordem de extradição solicitada pela Venezuela.
Em 1985, Posada Carriles fugiu
de uma prisão venezuelano após o pagamento de 50 mil dólares, quando
era processado por organizar a sabotagem ao avião civil cubano.
De acordo com o Granma, "para
a administração norte-americana o fato de julgar este assassino era
como julgar a si mesma, já que ele fez o trabalho sujo da CIA para
tentar derrubar a Revolução cubana".
O jornal cita várias fontes,
segundo as quais está pendente ainda a solicitação da Venezuela,
feita em 2005, bem como a possibilidade de que um júri de Nova Jersey
o julgue por sua participação em atentados terroristas contra hotéis
havanenses em 1997.
"Mas tudo isso é um velho
conto", sentencia o diário.
Granma recorda a posição
assumida sobre este caso por importantes políticos nos Estados Unidos,
como o representante democrata de Massachussets, William Delahunt, que
denunciou a impunidade intrínseca à liberação do terrorista.
Delahunt, segundo expõe a
fonte, enviou uma carta ao promotor geral norte-americano, Alberto Gonzáles,
queixando-se de que a libertação do Sr. Posada põe na berlinda a
determinação do governo de lutar contra o flagelo do terrorismo.