Repudiamos o fechamento da Televisão Comunitária do MICC
No dia 24 de setembro de 2025, por meio das redes sociais do Movimento Indígena e Campesino de Cotopaxi (MICC), tornou-se público que o governo de Daniel Noboa Azin, através da Agência de Controle e Regulação das Telecomunicações (ARCOTEL), decretou o fechamento provisório da TV MICC, que transmitia pela frequência 47 UHF na província de Cotopaxi, Equador.
O motivo alegado para o fechamento foi o suposto “atentado à segurança do Estado”, uma vez que este meio de comunicação comunitário tem sido um dos principais espaços de divulgação dos excessos cometidos pela Polícia e pelas Forças Armadas do Equador contra o povo que luta frente às medidas neoliberais do governo equatoriano.
Por isso, da redação internacional do Jornal Inverta, solidarizamo-nos com nossos companheiros comunicadores, jornalistas e trabalhadores deste meio, e repudiamos categoricamente as tentativas de silenciar as vozes dos povos em resistência e em luta contra o neoliberalismo.
Esta ação, longe de enfraquecer os processos organizativos, é sintoma de que a luta se fortalece a cada dia por um sistema mais justo – onde os ricos paguem o que devem e se atenda aos mais necessitados de nossos países.
Paralelamente ao fechamento de um meio de comunicação comunitário, foi anunciada a criação de uma “Unidade Civil de Inteligência”, que viola tanto as leis quanto a Constituição equatoriana, uma vez que não se insere nos órgãos institucionais convencionais, mas sim age como uma Gestapo para perseguir aqueles que decidem lutar contra o atual governo.
Assim, desde o Inverta, exigimos:
Fim da criminalização da protesto social
Suspensão das ações que buscam silenciar vozes críticas
Cessação imediata da repressão brutal contra o povo que está nas ruas reivindicando seus direitos
Ousar lutar, ousar vencer! Venceremos!
Redação Internacional
Jornal Inverta