Trump ameaça Brasil e outros países com uso de força militar, diz porta-voz
Em coletiva de imprensa na Casa Branca no dia 9 de setembro de 2025, a secretária de comunicação da administração Trump, Karoline Leavitt, foi questionada pelo jornalista Michel Shelonburger, do portal News Public, sobre a postura do governo norte-americano frente a investigações penais contra políticos de extrema-direita no Brasil e na Europa. Em sua resposta, Leavitt declarou:
“A liberdade de expressão é um princípio no qual o presidente [Trump] acredita firmemente, e ele já tem tomado diversas medidas a esse respeito”. Ela acrescentou: “Em relação ao Brasil, já implementamos certos tipos de sanções, valendo-nos de mecanismos tarifários para coibir que outros países no mundo punam seus cidadãos da mesma forma”. E concluiu: “O presidente não receia usar seu poderio econômico e militar para proteger esse princípio em todo o mundo”.
No contexto em que foram proferidas, as palavras da porta-voz configuram uma ameaça não apenas ao Brasil, mas a qualquer nação que se recuse a se submeter à visão política de Trump. A declaração sugere que tais países podem se tornar alvos de guerras comerciais ou mesmo de intervenção militar.
Dessa forma, confirma-se não apenas uma condução mafiosa das relações internacionais por parte da administração Trump, como também uma postura que coloca em risco a segurança e a soberania de quaisquer países que o presidente dos EUA considere adversários. Além disso, sob o pretexto de defender a liberdade de expressão, a ameaça serve como uma tentativa clara de interferir em processos judiciais soberanos ou de qualquer decisão que não esteja acorde aos interesses de Trump de outras nações.
As tentativas de expandir o domínio dos EUA e de seus aliados estão conduzindo o mundo a uma crise militar de proporções inéditas desde as guerras de independência no continente americano. As dificuldades enfrentadas pelos aliados de Trump em diversos países – incluída a recente derrota da ultradireita nas eleições argentinas – confirmam que os chamados “patriotas” do Brasil, Equador, Venezuela, Argentina, França e outros buscam, na verdade, ascender ao poder apoiados por uma potência militar estrangeira.
Enquanto a Casa Branca ameaça o Brasil e outras nações com agressões econômicas e, até, militares, o presidente Lula avança na consolidação de uma agenda global multipolar. Seus esforços visam deslocar o eixo da ordem mundial para os países que compõem os BRICS e o Sul Global, reafirmando um projeto soberano e independente que remonta ao 7 de setembro de 1822.
Redação Internacional