Parlamento venezuelano diz “SIM” ao socialismo

Parlamento venezuelano aprova reforma constitucional de corte socialista que será considerada pela população no dia 2 de dezembro, em referendo nacional.

Parlamento venezuelano diz “SIM” ao socialismo  


Caracas, 2 nov (PL) O parlamento venezuelano aprovou hoje uma reforma constitucional de corte socialista, que será considerada pela população no dia 2 de dezembro, num referendo nacional.  


Os parlamentares decidiram que os 69 artigos a ser modificados serão apresentados à população em dois grandes blocos, agrupados por temas.  

Em meio da euforia dos deputados, o parlamentar Eustoquio Contreras chamou a atenção para que no Dia de Finados (celebrado em vários países latino-americanos) morre o capitalismo na Venezuela.  

Depois de aprovar o documento, os deputados em bloco e acompanhados de um extenso número de pessoas entregaram o projeto ao Conselho Nacional Eleitoral.  

O organismo eleitoral tem agora um mês para preparar o referendo, que é visto como uma nova batalha nas urnas entre partidários e opositores do presidente Hugo Chávez.  

A orientação socialista do Estado foi proposta por Chávez nas últimas eleições presidenciais, que lhe deram o mandato 2007-2013 com mais de 61% dos votos. 

Com a apresentação do documento no Conselho Eleitoral, abre-se oficialmente um período de campanha  pelo “SIM” ou “NÃO”, que terminará 24 horas antes da votação, no dia 2 de dezembro.  

O “SIM” conta com o respaldo de mais de 20 partidos políticos, a maior parte deles em processo de unificação no Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) convocado por Chávez, bem como organizações comunitárias e setores estudantis, sindicais e profissionais.  

Pelo “NÃO” se expressaram partidos da velha e da nova direita venezuelana, bem como setores estudantis vinculados a eles, parte da cúpula empresarial e a hierarquia católica, o que provocou divergências entre sacerdotes de base.  

O projeto se sustenta na posição de Chávez de que os graves problemas do país sul-americano, como o desemprego e a pobreza, não poderão ser eliminados com mecanismos capitalistas, mas apenas com uma projeção socialista de desenvolvimento. 


Fonte: Prensa Latina (pgh Ml  PL-209)