Nota Urgente: Casa do Povo Kitu Kara é cercada por Forças Armadas do Equador

ATUALIZAÇÃO: Este ato de hostilidade integra a doutrina repressiva que há 15 dias vem sendo imposta aos povos e nacionalidades indígenas do país sul-americano, no contexto do Levante Popular Plurinacional.

Na tarde do dia 06 de outubro, foi divulgado nas redes sociais da organização do Povo Kitu Kara o cerco realizado por membros das Forças Armadas do Equador, em clara atitude de provocação e intimidação contra pessoas e organizações que se opõem ao governo neoliberal de Daniel Noboa Azín.

Este ato de hostilidade integra a doutrina repressiva que há 15 dias vem sendo imposta aos povos e nacionalidades indígenas do país sul-americano, no contexto do Levante Popular Plurinacional.

No mesmo período, foram registrados dezenas de casos de violações de direitos humanos, incluindo o assassinato de um líder indígena, detenções em massa, agressões a meios de comunicação e jornalistas que cobrem as manifestações, além da perseguição a centenas de pessoas e a criminalização de dirigentes indígenas, sindicais, estudantis e outros integrantes dos movimentos que se mobilizam contra o atual governo equatoriano.

Torna-se evidente a mudança no papel das Forças Armadas no Equador, convertidas em forças de choque para reprimir protestos, em vez de cumprirem sua função constitucional de proteger a integridade nacional contra ameaças externas. Submetem-se à ingerência militar e soberana dos Estados Unidos, tornando-se cúmplices de potências estrangeiras enquanto reprimem e assassinam seu próprio povo.

O uso desmedido da força pelo governo equatoriano contra manifestantes é particularmente grave, pois enquanto concentram esforços para conter a indignação social, nas províncias dominadas por grupos criminosos organizados registram-se massacres diários sem qualquer intervenção da Polícia ou das Forças Armadas.

Desta redação, solidarizamo-nos com o Povo Kitu Kara, organização indígena ancestral e parte da estrutura da ECUARUNARI e da CONAIE, que permanece na luta por dias melhores para todo o povo equatoriano.

Redação Internacional

Leia mais: Equador: até quando o regime resistirá?