Pela volta da professora Lidiane à EMEI Jardim Europa!

A Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu - SEMED - exonerou sem justificativa a professora Lidiane Barros Lobo da função de Diretora Adjunta da Escola Municipal de Educação Infantil -EMEI - Jardim Europa – Lagoinha , Nova Iguaçu onde leciona desde 2014.

A Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu - SEMED - exonerou sem justificativa a professora Lidiane Barros Lobo da função de Diretora Adjunta da Escola Municipal de Educação Infantil -EMEI - Jardim Europa – Lagoinha , Nova Iguaçu onde leciona desde 2014.

A professora Barros foi eleita Diretora Adjunta em uma chapa da escola em 2017 para um mandato de três anos, mas em função da pandemia do COVID 19 o prefeito do Município Rogério Lisboa diante da impossibilidade de realizar eleições nas escolas municipais prorrogou os atuais mandatos até a convocação de um novo pleito. As novas eleições não ocorreram e a professora foi pega de surpresa com a notícia de apenas sua exoneração, que saiu no dia 07 de Março de 2022 sem nenhuma justificativa legal.

A Presidente do Conselho Escolar convocou uma reunião extraordinária para informar à comunidade o ocorrido, todos ficaram perplexos e a pergunta que mais se ouviu foi: Por que? Ninguém sabia responder, nem a própria professora exonerada. A diretora adjunta não teve problemas com a Diretora Geral, tão pouco com a Comunidade Escolar. Não houve solicitação da Diretora Geral, nem da comunidade para tal ato de desrespeito com a professora Lidiane e toda escola, incluindo ai alunos e pais. A professora Lidiane foi à SEMED para saber o motivo de sua exoneração e não obteve resposta.

Em conversa com o INVERTA a professora Lidiane Barros declarou sua indignação com a atitude da Secretaria de Educação, não entendeu o porquê de sua exoneração e afirmou: “sempre honrei meu compromisso com a educação, minha atuação sempre foi baseada na implementação de uma escola crítica e democrática. Assim que tomamos posse, uma das primeiras medidas foi a reativação do Conselho Escolar, onde a participação das famílias e da comunidade ajudava na gestão da escola. Desta forma, além das formalidades da composição do CE, tínhamos o que nós chamávamos de Conselho Ampliado, onde pessoas da comunidade nos ajudavam a pensar as ações na EMEI. Também passamos a debater de forma intensa o PPP e a proposta pedagógica, adotando a Pedagogia Histórico-Crítica como referencial teórico”.

A diretora Lidiane argumenta que sempre esteve do lado da categoria: “considero-me alguém crítica, sempre procurei me inteirar das questões que afetam a sociedade de modo geral e a minha categoria. Sempre participei das atividades do Sindicato porque o que afeta o trabalhador da educação também me afeta”. A falta de reajuste salarial também é uma questão que impacta a minha vida, eu vou ao mercado e sinto o aumento dos preços, pego ônibus, eu tenho plano de saúde. Tudo aumenta e meu salário não é reajustado há mais de 10 anos”.

A diretora continua denunciando as condições de trabalho “as monitoras de educação infantil recebem menos de um salário mínimo, então elas acabam preferindo sair do emprego quando arrumam coisa melhor. Isso afeta a minha escola, porque as turmas de 3, 4 e 5 anos só tem uma professora para atender. Quem leva a criança ao banheiro? Quem dá um banho quando ela se suja? Quem pega no colo quando ela chora? Isso é só um exemplo, mas existem outras questões, como a situação dos aposentados, e por aí vai”.

A professora finaliza solicitando que quer retornar a seu trabalho, com justa razão, com a função que a categoria lhe deu em eleição direta e prorrogada pelo prefeito até as próximas eleições escolares. “neste momento, meu desejo é retornar à minha função, já que eu cumpri os requisitos necessários para concorrer ao cargo. O Plano de Gestão da minha chapa foi aprovado pela SEMED, que na época tinha como Secretária a professora Rojane, então não entendo porque uma diretora eleita é substituída se ela cumpre com todas as suas funções. Minha tarefa sempre foi servir ao público, então se a comunidade reconhece meu trabalho, não consigo entender a ação do prefeito de me retirar da escola. A comunidade escolar tem sido muito afetuosa, me acolheu e manifestou apoio a minha permanência”.

Osmarina Portal - CNCN / Baixada