MANIFESTO DO 1º MAIO DE 2025

Quando Vladimir I. Lenin se debruçou sobre questões como “Por onde começar? (Maio de 1901), “Que fazer? (Outono de 1901 - Fevereiro de 1902), na Rússia, ele buscava orientar o Movimento a ter uma nova postura na luta de classes que se desenvolvia naquela época, que culminou na Revolução Socialista de 1917. Neste 1º de maio de 2025 os movimentos sociais e a luta de classes no Brasil enfrentam questões semelhantes a da Rússia pré revolucionária. Questões essas que são de cunho ideológico e da práxis na organização da classe trabalhadora na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

O que “Refazer” para avançar na organização do povo Brasileiro?

Quando Vladimir I. Lenin se debruçou sobre questões como “Por onde começar? (Maio de 1901), “Que fazer? (Outono de 1901 - Fevereiro de 1902), na Rússia, ele buscava orientar o Movimento a ter uma nova postura na luta de classes que se desenvolvia naquela época, que culminou na Revolução Socialista de 1917.

Neste 1º de maio de 2025 os movimentos sociais e a luta de classes no Brasil enfrentam questões semelhantes a da Rússia pré revolucionária. Questões essas que são de cunho ideológico e da práxis na organização da classe trabalhadora na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Neste sentido, o que refazer sem perder de vista o que já foi feito e quais os aprendizados e lições, que nós da classe trabalhadora e todo o povo pobre pode e deve tirar das lutas da classe operária internacional?

É verdade que nas últimas duas décadas e meia tivemos avanços e retrocessos no Brasil. Mas é verdade também que vivemos um momento histórico em que a crise no sistema capitalista se apresenta em uma perspectiva nova, já apontada por Marx em “O capital” e por estudos marxistas, no Brasil, pelo professor Bevilaqua, que culminou na tese “A Crise Orgânica do Capital: o valor, a ciência e a educação” (2017), que desvela as engrenagens na atualidade da produção e sua crise mais profunda, revelando os segredos que permitem entender os fenômenos do submundo do capital e dando aos revolucionários e revolucionárias de nosso tempo as ferramentas para atuarem de maneira consequente e decisiva.

A ciência marxista está viva, isto se comprova com os avanços e as assertivas das análises da realidade concreta, da crise que vive o sistema capitalista internacional, em particular nos países desenvolvidos com alta composição orgânica em tecnologia de ponta, diametralmente oposta aos países pobre e em desenvolvimento, mas que sofrem as suas idiossincrasias e aumento dos bolsões de miseráveis nas periferias do sistema e em toda a sua degradação humana, violência contra os pobres das favelas e periferias, as mulheres, os jovens, filhos e filhas dos trabalhadores, a imposição de altas taxas de impostos sobre a classe média e os pobres, além dos péssimos serviços em educação, saúde e assistência social pública, mas com parte desses serviços nas mãos dos capitalistas que privam o povo pobre da qualidade e gratuidade desses serviços essenciais, garantindo o lucro aos neoliberais.

Se progredimos na compreensão do mal que o sistema de exploração capitalista impõe aos trabalhadores, porque não fomos capazes, ainda, de organizar uma força material/social, em um Movimento Nacional? O que precisamos para “Recomeçar”?

A ideia de organizar um Movimento de caráter nacional, que seja independente financeiramente do Estado e que aponte soluções claras aos diversos problemas que a classe pobre enfrenta como a falta de um teto para morar, a carestia e os altos preços dos alimentos, subemprego e o desemprego, a falta de escolas públicas e gratuitas de qualidade no ensino infantil, fundamental, médio e universitário, saúde pública e gratuita que atenda a todo povo com eficiência e em tempo.

É preciso ter um Programa de Emergência para o Brasil contra o neoliberalismo, que faça garantir que a riqueza produzida pelo Brasil seja para os brasileiros. Que as terras produtivas estejam com as famílias que possam produzir alimentos para o nosso povo em primeiro lugar e depois atender ao mercado externo.

Esse Movimento precisa ser nacional, manter o foco na luta e organização do povo e reforçar as suas propostas na área econômica e social. Para tanto, não pode ser um Movimento eleitoreiro e nem precisa negar o processo eleitoral. É preciso combinar a luta econômica e ambiental na luta política, para se tornar maioria na sociedade e nas estruturas de Poder.

É preciso envolver homens e mulheres, lado a lado, os pretos e pretas, os indígenas, os LGBTQIA+, a juventude e toda a classe trabalhadora urbana e rural, em uma só voz. Todos contra o neoliberalismo.

Temos muitos exemplos de lutas na América Latina, na Europa, Eurásia, na Ásia, África e Oriente Médio. As lutas estão em todas as partes e onde houver exploração de uma classe sobre a outra a contradição deve ser eliminada.

Por um Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo!

Pela Integração Latino Americana!

Não ao Extermínio do povo Palestino!

Pela Paz com Justiça Social!

Ousar Lutar! Ousar Vencer!

Venceremos!