Covardia e truculência em desapropriação em Itaguaí

Mais 2 mil famílias foram despejadas hoje, 01/07/21, do acampamento “Campo de Refugiados Primeiro de Maio” em uma ação violenta de reintegração de posse movida pela Petrobrás.

Mais 2 mil famílias foram despejadas hoje, 01/07/21, do acampamento “Campo de Refugiados Primeiro de Maio” em uma ação violenta de reintegração de posse movida pela Petrobrás.

A repressão do Batalhão de Choque da Política Militar foi iniciada ainda de manhã, com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água em mulheres, crianças e homens, mesmo com as imagens sendo transmitidas em vídeos e por redes de TV.

A dor e o sofrimento das famílias, em sua maioria, formada por adultos desempregados, que ocuparam o terreno abandonado há mais de dez anos pela empresa, não impediu a repressão do Estado.

O diretor do Sindipetro-NF, Alessandro Trindade, foi demitido pela empresa, após coordenar o movimento Petroleiro Solidário, que tem arrecadado recursos durante a pandemia para compra de cestas básicas que são distribuídas a famílias em situação de vulnerabilidade social no estado do Rio de Janeiro, inclusive as que ocuparam o terreno em Itaguaí.

Sobre isso, o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar declarou: “Essa ocupação é o retrato do que estamos vivendo hoje no país, com recordes de desempregados e a miséria e a fome avançando. A solidariedade precisa ser cada vez mais fortalecida e, nós petroleiros, continuaremos fazendo a nossa parte para levar comida para os brasileiros e brasileiras que estão nesta situação”.

Acesse os vídeos:

Acampamento “Campo de Refugiados Primeiro de Maio” - Eric     Acampamento “Campo de Refugiados Primeiro de Maio” - Lanchinho