MAÇONS PROGRESSISTAS PELA DEMOCRACIA XIII CARTA AO POVO BRASILEIRO

TODO APOIO À CPI MISTA DO 8 DE JANEIRO

Presidente Lula,

DECRETE ANULADA A DOAÇÃO DA ELETROBRAS!

RETOME DOS RECEPTADORES A BR-DISTRIBUIDORA!

A Maçonaria é plural. Nenhum maçom individualmente ou em grupo pode se manifestar em nome da instituição, mas nada impede que manifeste suas preocupações e se dirija ao Povo Brasileiro. Principalmente, quando o que se quer resgatar são os princípios maçônicos, que temos de defender por juramento, objetivando o aperfeiçoamento de humanidade pelo amor, através da democracia e não pela força.

Neste grave momento da conjuntura nacional, os Maçons Progressistas pela Democracia, como já o fizeram em 12 cartas ao povo brasileiro, reafirmam seu compromisso com as origens da Maçonaria. 

Cada vez restam menos dúvidas quanto ao que aconteceu e, infelizmente, ainda está acontecendo no Brasil. Nas eleições de 2022, apesar de todas as notícias falsas, manipulações, compras de votos, concessão de vantagens ilegais, obstrução de estradas pela Polícia Rodoviária Federal, ameaças e outros expedientes igualmente desonestos, a civilização venceu a barbárie.

Mera comparação entre os defensores de uma e de outra linha política é suficiente para mostrar quem se preocupa com o povo brasileiro, em especial, com as classes menos favorecidas, quem tem convicção do que fala e quem procura subterfúgios para falsear a verdade; quem gosta e quem não gosta do Brasil.

Poder-se-ia dizer que apenas os ignorantes, sem qualquer noção objetiva da realidade, e aqueles acometidos de graves desvios de comportamento ou de caráter ainda defendem os representantes mais toscos da extrema-direita que governaram o País até 2022. Afinal, ainda vemos inúmeras manifestações de defesa ou justificativa dos responsáveis pelos males que atingiram o Brasil naquele infeliz período de seis anos.

Nessa quarta-feira, 14 de julho de 2023, apesar do curto espaço de tempo do Governo atual, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva de nota de crédito do Brasil de estável para positiva, o que não acontecia desde 2019 – quando foi retirada ante os descalabros praticados pela corja que ocupava o poder. 

Além do brilho na reunião do G-20, pela primeira vez nos 31 anos de história do G-7, transformado em G-8, o Brasil não foi um ausente ou mero “convidado de pedra”, que nada tem a dizer sobre o tema principal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesse mês de junho, em Heiligendamm, pequeno balneário alemão no Báltico, falou - e foi ouvido com interesse - sobre biocombustíveis, na medida em que o assunto principal da cúpula passou a ser a busca por fontes de energia menos prejudiciais ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, que provenham de fornecedores seguros.

Todavia, esse reconhecimento internacional das medidas econômicas adotadas não impediu que os canalhas de sempre continuassem a criticá-las, inventando estranhas teorias, que mal disfarçam o desprezo que as chamadas “elites” têm pelo Brasil e pelas soluções mais igualitárias. O jornal Estado de S. Paulo, contumaz intérprete da direita, chegou a afirmar, no editorial de 19 de junho de 2023, que os êxitos econômicos do Governo “se devem à sorte de Lula”. Keynes, Adam Smith e Marx devem estar se sacudindo em seus túmulos diante dessa teoria inovadora da Ciência Política Econômica.

Enquanto isso, amplos setores da política e da burocracia tentam, por todos os meios, sabotar o atual governo. Por isso, é preciso um esforço de comunicação no Brasil para que só se divulgue a verdade. Caso contrário, corremos o risco de termos surpresas desagradáveis nas próximas eleições. 

Não estão chegando ao conhecimento da população os crimes praticados pela quadrilha da extrema-direita, desde os chefes até os mais inexpressivos como, por exemplo, os escândalos dos desvios das vacinas - que causaram milhares de mortes -, os valores desviados do orçamento para a compra de votos, as ações antidemocráticas e criminosas praticadas pelos integrantes das polícias e, infelizmente, das Forças Armadas, os absurdos cometidos por integrantes da justiça e do ministério público, a infiltração de milicianos e bandidos de todas as categorias - com seus acampamentos de terroristas e desordeiros - que promoveram uma tentativa de golpe com a depredação de prédios dos três poderes da República.

O Brasil foi salvo pela atuação corajosa e eficiente do ministro Alexandre de Morais, à frente do TSE, e de quase todos os seus pares no STF. Os brasileiros não irão esquecer, também, da coragem do ministro da Justiça Flávio Dino. É preciso prestigiar suas condutas e impedir que sejam ameaçados ou inibidos pelas diversas quadrilhas, que ainda têm poder e tentam manipular a opinião pública. 

Aqueles bandidos, que assaltaram o poder, precisam ser desmascarados e exemplarmente punidos, dentro dos limites da Lei, que eles tanto desprezam. Essas punições têm de abranger, não só a área criminal, com suas prisões, como a cível, fazendo com que indenizem os prejuízos causados ao Erário e a outras pessoas.

Aqueles que pensavam que ficariam impunes estão hoje desesperados. Os dois mais desavergonhados arautos do golpe, Sérgio Moro e Deltan Dallagnhol estão desmoralizados e oficialmente enquadrados em inúmeros crimes, até por organismos internacionais.

A cassação do mandato de deputado do ex-procurador da República Deltan Dallanhol, referendada pela Câmara Federal, teve como fulcro a falsificação de provas contra os investigados pela Lava Jato, em articulação com o Sérgio Moro - julgado em grau definitivo como juiz parcial tanto pelo STF, quanto pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, neste 27 de julho, na avaliação dos processos contra o ex-presidente Lula. A conclusão  foi que Moro, em 2018, violou os direitos políticos de Lula. 

A melhor maneira de colaborar com a reconstrução nacional, levando-se em conta o Partido da Imprensa Golpista (PIG), como definiu o desassombrado jornalista Paulo Henrique Amorim, é a participação em sindicatos, associações, grupos religiosos não comprometidos e nos organizando em grupos de Maçons Progressistas pela Democracia ou Irmandade Progressista.

É fundamental que todos os democratas apoiem a CPI Mista para apuração dos atos criminosos praticados contra os Três Poderes da República com a punição dos delinquentes, despejando mais uma pá de cal na cova do sonho fascista do falso messias Jair Bolsonaro.

Em seus recentes pronunciamentos, louvamos a condenação pelo presidente à privatização do sistema elétrico. 

Todavia, a nação exige ação concreta. O quanto antes, Lula, DECRETE ANULADA A DOAÇÃO DA ELETROBRAS!

Sim, queremos mais, senhor presidente, RETOME DOS RECEPTADORES A BR-DISTRIBUIDORA, o caixa da Petrobras!

Os preceitos que devemos seguir estão claramente expressos em nossos rituais: combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, levantando templos à virtude e cavando masmorras aos vícios, sem esquecer nossos objetivos mais profundos:

LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE!

Rio de Janeiro, 04 de agosto de 2023

Subscrevem a XIII Carta dos Maçons Pela Democracia, em ordem alfabética, os maçons:

Adilson Resende, Alexandre Moraes, Amir Mostafa Saleh, André Cantuária, Antônio Silva Filho, Arthur Aveline, Carlos Osório, Carmen Valle, Daniel Lopes, David Carneiro, Djair Milton, Dulce Inês Insfran, Emanuel Cancella, Eugênio Maria Gomes, Everaldo Costa de Souza, Flauzino Antunes, Francisco Soriano, Frederico Pandolphe, George Torres, Gilberto Palmares, Glauco Caixeiro, Guaraci Correa Porto, Igor Santa Cruz, João Campos Vieira, João Custódio, Jobbes Rodrigues Pereira, John Vaz, José Amaral de Brito, José de Arimateia, Juca Ribeiro, Júlio Cesar de Tavares, Lamartine Oscar Veiga, Marcelo Cosentini, Mário Elísio Barreto, Neemias Ramos Freire, Rafael Baioto, Raphael Pereira, Regis Cerqueira, Renato Maiel, Renzo Fabrício de Moura, Ricardo Finco Pergola, Roberto Siabra Maia, Sebastião Calvet, Unandir G Veiga, Vinícius Branco, Walter José Irber, Wagner Roque, William Maribondo Vinagre e outros.