Fórum Social Mundial entra em intenso programa de atividades

Sem um programa definitivo elaborado, a 13ª edição do Fórum Social Mundial(FSM) em Salvador-Bahia entra a partir de hoje em uma intensa programação que contempla, entre outras, mais de 1.600 mil atividades autogestionadas.

Sem um programa definitivo elaborado, a 13a edição do Fórum Social Mundial (FSM) entra a partir de hoje em uma intensa programação que contempla, entre outras, mais de 1.600 mil atividades autogestionadas.

Dois tribunais, um contra os despejos e outro para julgar os feminicídios de mulheres negras, figuram entre as ações previstas para esta quarta-feira, quando se realizará também uma mesa de debate sobre a ofensiva imperialista, a solidariedade com os povos e a luta pela paz.

O tema do imperialismo estadunidense será abordado também em uma conferência organizada pela Escola Latino-Americana de História e Política (Elahp), uma instituição autônoma destinada a contribuir na formação teórica e cultural dos que estão vinculados às grandes lutas sociais destes tempos.

Essa própria instituição promoverá nos dias 15 e 16 dois encontros para discutir sobre o Marxismo na América Latina, o primeiro, e em torno de um balanço da experiência política da esquerda latino-americana, o segundo.

A chamada Tenda dos Direitos Humanos do FSM tem programado para esta jornada seminários nos quais se abordarão as intolerâncias e os fundamentalismos, bem como a guerra contra as drogas, o genocídio de jovens negros e os encarceramentos em massa.

Enquanto na Tenda Marcus Vinícius se oferecerá um olhar negro sobre o retrocesso na política brasileira atual, como consequência da implantação de um Estado mínimo.

Por sua vez, a organização Policiais Antifascismo convocou um encontro de dois dias de duração no qual pretendem debater sobre um novo modelo de polícia e de segurança pública; a violação dos direitos dentro das corporações policiais; a intervenção militar; e sobre drogas e racismo.

Sob o lema "Resistir é criar. Resistir é transformar", o Fórum Social Mundial ficou oficialmente aberto ontem com uma grande e colorida marcha da praça Campo Grande até a Castro Alves, conhecida como Praça do Povo, e palco das maiores manifestações de luta e resistência baiana.

Desde seu surgimento em 2001, esta é a sétima ocasião em que o Brasil sedia o Fórum Social Mundial.

A ata de nascimento destes grandiosos encontros foi expedida em Porto Alegre, onde se reeditou nos anos 2002, 2003, 2005 e 2012. Em 2009 outra cidade brasileira, Belém do Pará, foi a encarregada de dar continuidade às atividades.

Além do Brasil, outras cinco nações já foram testemunhas destes eventos: a Índia, em 2004; Quênia, em 2007; Senegal, em 2011; Tunísia, em 2013, e Canadá, sede de sua mais recente edição, em 2016.

Moisés Pérez Mok - Prensa Latina