Ato no Rio de Janeiro reúne 25 mil pessoas em 20 de agosto

O Rio de Janeiro também foi às ruas no dia 20 de agosto contra a direita e contra o golpismo

A manifestação no Rio de Janeiro em defesa da Democracia e pelos Direitos dos Trabalhadores, no dia 20 de agosto, organizada pela CUT, MTST, MST, UNE, UEE, CTB, e pela Intersindical, entre outras entidades e movimentos sociais, e partidos políticos como o PCML, Brigadas Populares, Levante Popular da Juventudem, PCR, PSOL, PT e o PCdoB reuniu cerca de 25 mil pessoas no centro da cidade. O ato percorreu a Avenida Rio Branco, da Candelária até a Cinelândia, e contou com a participação popular e de representantes de movimentos sociais e organizações políticas que discursaram durante o evento contra a tentativa golpista de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e em protesto contra o ajuste fiscal.

Representando o CEPPES (Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais) e a REGGEN, o professor Theotonio dos Santos afirmou que esta tentativa de desestabilização do governo Dilma Rousseff é articulada pelo imperialismo dos EUA, e que a unidade popular é fundamental para resistir a estas tentativas golpistas. “Os EUA já não têm toda esta força como antes, uma vez que tiveram que retroceder e reatar relações com Cuba e devolver os Cinco Heróis que estavam presos injustamente em território norte-americano. As forças progressistas no Brasil e na América do Sul têm que se unir e impedir estes golpes contra Dilma e Maduro”; afirmou o professor da UERJ.

A deputada Jandira Feghali, do PCdoB, falou em defesa da luta dos trabalhadores, que estão sendo perseguidos pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que está passando um rolo compressor nas votações no Congresso Nacional com retrocessos como a aprovação da Redução da Maioridade Penal, da Reforma Política e das Terceirizações. “A organização popular é fundamental para barrar estas pautas conservadoras e a tentativa de golpe contra a democracia no Brasil, que foi conquistada através de muito sangue e lutas da população brasileira. Os que pregam a volta da ditadura militar estão tendo uma resposta nesta manifestação em defesa da legalidade democrática”; defendeu a parlamentar.

O deputado estadual Carlos Minc, do PT, defendeu a unidade das esquerdas no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Ele disse que os conservadores irão perder ao apostarem no golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. “O processo eleitoral no presidencialismo como está na Constituição Federal acontece de quatro em quatro anos, por isso as leis devem ser respeitadas no Brasil para que o nosso país tenha credibilidade internacional garantindo a democracia”; declarou Minc.

No final da manifestação aconteceu um show na Cinelândia com artistas populares da MPB que alegraram com muita música os participantes do ato político. Eles deram seus recados também em defesa das lutas populares e contra a tentativa de golpe no Brasil.


A participação do PCML na mobilização nacional em defesa do governo Dilma

 

O PCML deu total apoio ao ato do dia 20 de agosto, que foi um dia de mobilização nacional contra o golpe, em defesa do governo Dilma, e das conquistas e direitos da classe trabalhadora.

No Rio de Janeiro, a militância saiu com toda força em defesa de suas posições que há muito tempo vem expressando nas páginas de seu órgão central, o jornal INVERTA, e na página digital INVERTA.org.

Através de sua bandeira, faixas, cartazes e palavras de ordem como: “Brasil, Cuba, América Central, a classe operária é internacional!”, além da relevante defesa da presidenta Dilma, a participação do PCML também foi bastante significativa para o futuro das lutas por justiça social em nosso país, expressa na unidade prática com setores consequentes no cenário político atual, como o Fórum em defesa da democratização dos meios de comunicação e as Brigadas Populares, que marcharam juntos na passeata.

Na concentração do ato, foi destaque o discurso do professor Theotonio dos Santos, presidente da REGGEN e do CEPPES, falando da importância histórica desse momento e comparando com outros momentos históricos vivenciados não só no Brasil, mas na América Latina e no cenário mundial.

Durante a marcha, o representante da Juventude 5 de Julho, Michel Mendes, falou no carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos, onde defendeu e ressaltou a importância e a força do programa Mais Médicos implementado no país.

Em seguida, falou pelo PCML Osmarina Portal, que ressaltou a importância de defender as conquistas desse governo e lutar para avançar. E que esta luta não é só por nós brasileiros mas por todos os latino-americanos, pois estamos lutando contra o imperialismo que tenta desestabilizar e avançar neste continente. E que nesta luta contra o império não estamos sozinhos. E encerrou suas palavras com uma homenagem aos revolucionários presentes no ato e aos que marcham unidos contra o imperialismo cantando o hino da Internacional que foi acompanhado pelo povo.

Um ponto alto a ser destacado nesta marcha foi a participação popular. Não só a militância com suas camisas vermelhas engrossaram as fileiras do ato, mas trabalhadoras e trabalhadores, senhoras, mães e pais de família, jovens das periferias. Nas suas mais variadas manifestações contra o golpe e em defesa das conquistas e do governo podíamos ler nas entrelinhas: “Não estamos dormindo, só estamos de longe observando, e estamos dando corda para ver até onde vocês (golpistas, imperialistas) vão, mas na hora certa, no lugar certo e com a força certa, com firmeza saberemos responder-lhes e com certeza desafiaremos: “Aqui é Rodes, salta aqui”.

 

Julio Cesar de Freixo Lobo - Sucursal RJ