A onda golpista após o 2º turno da eleição perde força e os bloqueios de estradas viram chacotas

Com o fim do 2º turno das eleições e com a confirmação da vitória do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 60.345.999 (50,90%) dos votos o povo brasileiro iniciou manifestações de festas em apoio a Lula, enquanto os bolsonaristas iniciariam a sua saga golpista.

Com o fim do 2º turno das eleições e com a confirmação da vitória do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 60.345.999 (50,90%) dos votos o povo brasileiro iniciou manifestações de festas em apoio a Lula, enquanto os bolsonaristas iniciariam a sua saga golpista.

Ainda na noite do dia 30 de outubro, uma multidão em todo o Brasil foi as ruas para comemorar a vitória de Lula contra Bolsonaro. Foi uma noite onde o povo brasileiro pode colocar para fora um grito que estava engasgado na garganta desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016. O povo dizia não ao ódio e as mobilizações das massas pela campanha vitoriosa do petista que levou milhares de pessoas as ruas garantiu a sua vitória.

Confirmado o resultado em favor do presidente Lula, grupos bolsonaristas ligados a empresas de transportes e do agronegócio deram inicio a uma manifestação de bloqueios das estradas em todo o território nacional e contou com o apoio velado da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de seu Diretor Geral, Silvinei Vasques.

O jornal Inverta esteve na Rodoviária de Belo Horizonte – Terminal Gov. Israel Pinheiro, no dia 31 de outubro, onde funcionários das empresas Util, Cometa, Empresa 1001 e a própria administração da Rodoviária diziam que os ônibus não iriam sair do Terminal por orientação da PRF, pois a mesma dizia que não poderia dar segurança aos ônibus nas estradas.

O que causou estranheza é que as rodoviárias de São Paulo, a maior do Brasil e o Terminal Novo Rio, do Rio de Janeiro, não cancelaram as viagens que estavam agendadas. O que pode ter ocorrido em Minas Gerais, foi uma ação orquestrada pelo governador do Estado para criar mais caos com o cancelamento das viagens de forma repentina.

As interdições no dia 31 de outubro e 1º de novembro foram no Amazonas: 2 interdições; Minas Gerais: 2 interdições; Mato Grosso: 7 interdições; Mato Grosso do Sul: 1 interdição; Pará: 7 interdições; Paraná: 1 bloqueio; Rio Grande do Norte: 1 interdição; Rondônia: 8 interdições; Rio Grande do Sul: 2 interdições; Santa Catarina: 2 interdições; São Paulo: 1 interdição.

As rodovias federais e as estradas estaduais em todo o país bloqueadas ao longo dos dias 01/11 e 03/11 foram: Bahia: BR 020; Espirito Santo: BR 101; Goiás: BR 040, BR 050, BR 060, BR 080, BR 153, BR 164, BR 206 e BR 364; Rio de Janeiro: BR 101, Dutra; São Paulo: SP 270, BR 153; Minas Gerais: BR 040, BR 116, BR 262, BR 381;Rondônia: BR 364, BR 421; Rio Grande do Sul: ERS 122, ERS 463, BR 116, BR153, BR 158, BR 285, BR 290, BR 386; Santa Catarina: BR 101, BR 116, BR 153, BR 231, BR 280, BR 470; Mato Grosso do Sul: BR 060, BR 163, BR 262; Mato Grosso: BR 070, BR 163, BR 364; Pará: BR 163; Paraná: BR 153, BR 280, BR 376, BR 476; Tocantins: BR 153.

Entre a primeira fala do presidente derrotado Bolsonaro (PL) e as manifestações, deixa transparecer que o governo de Jair que já vai embora, parece negociar uma saída para ele e sua família. A sanha golpista parece ter perdido força, ou ter mudado de forma, como em um jogo de xadrez, o movimento do roque no processo eleitoral burguês fez com que o presidente vitorioso Lula e a sua “Frente Ampla” tomassem uma posição mais a direita, contudo, a vitória contra o governo neoliberal abre espaço para o povo voltar a respirar e se preparar para a sua resistência e a sua organização que dará fim a exploração e todo o seu sofrimento.

A onda golpista após o 2º turno da eleição perde força e os bloqueios de estradas viram chacotas, assim como as manifestações em frente aos Quarteis do Exército nas regiões Sul e Sudeste onde os bolsonaristas relativamente são mais “organizados”. O Fato é que a justiça eleitoral já declarou o vencedor e o Supremo Tribunal Federal (STF) estão judicializando as ações antidemocráticas.

O Inverta acompanha os desenrolar da conjuntura, com preocupação e atenção às movimentações do tabuleiro do jogo político e se coloca na luta ideológica e organizativa contra o neoliberalismo e na defesa dos trabalhadores.

Sidnei Martins

Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo