PCML(Br) participa de ato em respaldo a Revolução Cubana
Os amigos de Cuba
Os amigos de Cuba nos reunimos hoje, dia 07 de abril, em frente ao Consulado dessa ilha que tem o povo mais solidário do mundo. Não é preciso aqui reforçar o que é bastante conhecido, seja o auxílio de Cuba aos países pobres nas áreas de educação e saúde, formando centenas de milhares de profissionais e enviando diversos cidadão cubanos para as mais distintas regiões do mundo para combater males como o analfabetismo e as doenças originadas pela falta de uma atenção básica a saúde.
São mais de 700 brasileiros que estudam gratuitamente em universidades cubanas, muitos de origem pobre, e que voltarão ao Brasil como profissionais qualificados, dispostos a atender nosso sofrido povo.
Apesar do pouco tempo para realizarmos a convocatória, reunimos por volta de uma centena de trabalhadores e estudantes que vieram expressar sua solidariedade a Revolução Cubana. Não uma solidariedade de caridade, mas sim o verdadeiro internacionalismo proletário, a liga de aço que nos une, todos os trabalhadores do mundo, através do interesse de classe universal de nosso tempo: a derrubada do Sistema Capitalista e a criação de um novo sistema baseado na justiça e na fraternidade.
Estivemos com faixas e bandeiras, expressamos nossa admiração pela Revolução Cubana e fomos saudados pelo Cônsul de Cuba, o companheiro Carlos Trejo. Dessa forma impedimos a direita de realizar sua provocação ao povo cubano sem uma contraposição que afirmasse com bastante de que lado está o povo brasileiro.
O ato da direita
A UGT mobilizou algumas dezenas de pessoas que estavam claramente
orientadas a buscar uma confrontação. Agressivos, brutos e violentos,
não exitaram em agredir alguns de nós. Porém, afirmavam que estavam ali
realizando um ato em apoio ao povo cubano (vide matéria publicada em sua
página na internet
http://www.ugt.org.br/NoticiasZoom.asp?RecId=2619&RowId=3b0a0000).
Essa jovem, arrumada para festa e com uma imitação de casaco de
pele
foi responsável por quebrar um mega-fone de uma companheira da Juventude
05 de Julho. Sem saber o porquê de estar ali, falava palavrões e
buscava constantemente a agressão física.
Conversando com algumas dessas pessoas, percebia-se que elas realmente
não sabiam o que faziam ali. Acostumadas ao que se reduziu o movimento
sindical nos últimos anos, comportavam-se como uma torcida de time de
futebol, “se o chefe mandou gritar a gente grita, se ele mandou votar a
gente vota, se ele mandar quebrar o microfone, a gente quebra”.
Não conheciam nada sobre a história, nem sobre a política de Cuba.
Muitos eram claramente seguranças contratados e não militantes,
presentes ali para intensificar o confronto e exercer sua experiência,
conforme se escutou da boca dos policiais que ali estavam presentes
tentando preservar a integridade do consulado. Em suas faixas
Infelizmente, falavam em embargo, e não em bloqueio, porém não sabiam
explicar nem o que isto significava. Claro que isso não é culpa deles, e
sim da burguesia que gerencia esse sistema de dominação que tem a
ignorância como um de seus pilares.
Com caras de poucos amigos provocadores são barrados pelos manifestantes de esquerda
Porém, quando uma pessoa oriunda da classe operária é corrompida
ao ponto de se tornar um mercenário do estado à serviço da repressão ou
de uma organização política de corte fascista, ele se passa para o lixo
da história e deve ser responsabilizado pelos seus atos. Fomos
testemunhas dos pagamentos realizados aos que ali estavam, sem nenhum
pudor.
Infelizmente é assim na história da luta de classes. Os choques e
confrontos dividem o povo. A burguesia se vale da desinformação, mas
ainda mais do seu poder de corrupção econômica para arregimentar seus
mercenários.
Num mundo mercantilizado onde o dinheiro compra tudo, fica fácil para os
detentores do capital manterem sua posição de dominação na sociedade.
Para que os latifundiários devem se armar e preparar a defesa de seus
injustos privilégios, se eles podem ao custo de um salário mínimo
contratar jagunços para defender a terra que eles grilaram? Tampouco
precisam os banqueiros defenderem pessoalmente seus bancos, têm dinheiro
de sobra para contratar seguranças que irão perder a vida defendendo o
capital alheio.
Nesta mesma semana foi publicado um vídeo que vazou na Internet que
demonstra como os EUA assassina covardemente civis e depois contabiliza
as mortes como autos de resistência, mais ou menos como a polícia faz
diariamente no Brasil nas favelas e bairros periféricos. Esse vídeo, que
também está na TV Inverta (
http://inverta.org/jornal/tv-inverta/noticias-internacionais/assassinatos-colaterais
) demonstra bem a brutalidade do império mais armado da história da
humanidade.
Um pouco mais sobre a UGT
A UGT (União Geral dos Trabalhadores), criada com a fusão de três
centrais sindicais dominadas pelo peleguismo: CGT (Central Geral dos
Trabalhadores), SDS (Social Democracia Sindical) e CAT (Central Autônoma
dos Trabalhadores).
Seu congresso de fundação contou a presença do então governador de São
Paulo, José Serra (PSDB), do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab
(DEM), e dos ministros da Previdência, Luiz Marinho (PT), e da Casa
Civil da Presidência, Luiz Dulci (PT). Pelo PCdoB esteve presente
Nivaldo Santana. Porém, a hegemonia dessa central é mesmo dos partidos
tradicionais da direita PSDB, DEM e PPS.
Seu presidente, Ricardo Patah fez escola no oportunismo sindical. Basta
dizer que ele foi tesoureiro da "Farsa" Sindical entre 1991 e 2007, ano
da fundação da UGT. Com certeza essa escola foi muito proveitosa para
ele. Seus velhos laços com o que há de pior no sindicalismo brasileiro
ficam demonstrados na declaração de apoio dada quando foi tornado
público o esquema de corrupção envolvendo o BNDES e a "Farsa Sindical"
de Paulinho:
"A UGT está solidária a esse sindicalista que representa os
trabalhadores no Congresso Nacional e estando sempre em defesa dos
trabalhadores, nós da UGT, estamos em sua defesa"
Claro, como poderia ser diferente, se no período quando ocorreram os
desvios ele era o tesoureiro da Farsa “Sindical”?
Patah é também presidente do Sindicato dos Comerciários, que apesar de
ter uma receita de R$ 55 milhões ao ano, nada faz pelos trabalhadores.
Seu vice-presidente, Antonio Carlos dos Reis, o Salim, foi candidato a
prefeito da cidade de Carapicuíba pelo PFL (atual DEM(mônio)).
Salim é presidente do Sindicato dos Eletricitários há mais de uma década
e seu partido, o PFL, foi e é o principal aliado da política neoliberal
promovida pelo PSDB, que privatizou, entre outras centenas de estatais,
todo o setor elétrico paulista, desencadeando a destruição dos direitos
trabalhistas de sua própria categoria e matando mais operários na rede
elétrica do que os recentes acidentes dos vôos da TAM e Gol juntos.
(Inverta 424)
Talvez o sr Patah e sua "máfia" deveriam se preocupar com as péssimas
condições de trabalho dos comerciários brasileiros, como por exemplo os
trabalhadores nos supermercados, que por um salário mínimo são
submetidos à jornadas extenuantes e estressantes de trabalho.
Um aviso
Deixamos um recado a todos os reacionários que articularam essa
provocação. Fomos generosos desta vez, talvez até demais. Se querem
provocar a classe operária, não entraremos em confronto com os
trabalhadores que vocês manipulam e usam de bucha de canhão. Iremos
protestar na fonte das provocações. Sabemos como essa manifestação foi
elaborada por um grupo de empresários e que sua convocatória foi
reforçada pelos já manjados porta-vozes do imperialismo, como a Revista
Veja. Se vocês derem mais um passo, daremos dois. Estaremos na porta de
suas redações, de seus escritório e de suas empresas exercendo nosso
direito constitucional de também nos expressarmos. Não se esqueçam que a
rua é do povo.
Partido Comunista Marxista Leninista (Br) - São Paulo