Multiplicam-se no Brasil pedidos de votos para Haddad (PT)

A pouco mais de uma semana do segundo turno das eleições presidenciais em Brasil, os pedidos de votos para o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, multiplicam-se em todos os âmbitos.

A pouco mais de uma semana do segundo turno das eleições presidenciais em Brasil, os pedidos de votos para o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, multiplicam-se em todos os âmbitos.

Em um vídeo difundido através das redes sociais, o reconhecido ator Wagner Moura apelou ontem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao presidenciável Ciro Gomes para que respaldem Haddad, "como o único meio de deter a ascensão do fascismo, representada pela candidatura de Jair Bolsonaro".

Moura lamentou a morte com 12 facadas do maestro de capoeira Moa do Katendé, em Salvador da Bahia, e a brutal agressão sofrida por uma jovem à qual marcaram uma suástica em seu corpo, fatos violentos perpetrados em ambos casos por seguidores do ultradireitista Bolsonaro, representante do Partido Social Liberal (PSL).

Por sua vez, o escritor e editor Luiz Schwarcz, fundador e proprietário da Companhia das Letras, uma das maiores casas editoriais do país, dirigiu nesta terça-feira uma carta aos autores, editores e livreiros, na qual sugeriu a todos quantos apreciam a liberdade de expressão votar em Haddad.

Em sua carta, Schwarcz destacou que a linha editorial do grupo pôs sempre um ênfase claro nas causas justas, publicando livros de apoio às minorias, que refletissem a pluralidade e se posicionassem contra a discriminação racial e em prol de a liberdade de expressão.

Sugeriu assim a seus colegas editores votar por Haddad, posicionando contra o discurso difusamente prejuicioso, o autoritarismo e a intolerância, símbolos do outro pólo que se anuncia como alternativa no segundo turno desta eleição, escreveu.

"A candidatura de Bolsonaro é falsamente nova e é irmã de tempos tenebrosos de nossa vida política e cultural", advertiu.

Com relação ao candidato presidencial petista, manifestou que seu perfil moderado dentro do partido permite ter a esperança de que os numerosos equívocos do PT em várias áreas não se repitam e que essa organização retorne aos compromissos que marcaram sua origem.

O respaldo à candidatura de Haddad foi expressar também pelo governador do nordestino Estado de Ceará, Camilo Santana (PT), que disse ter a absoluta convicção de que este é o presidenciável mais preparado e o único capaz de promover o diálogo, o entendimento e a união de forças que o país tanto precisa para crescer.

Haddad não representa um partido, mas um projeto para o Brasil, sustentou o governante e disse não poder acreditar jamais em Bolsonaro, que professa o ódio, a violência, a intolerância, e inclusive declarou que discriminaria àquelas entidades federativas cujos autoridades não fossem seus aliados.

O repúdio a Bolsonaro, disse o site Brasil 247, foi expressado também ontem por diferentes grupos políticos membros do Parlamento Europeu, que assinaram um Manifesto Internacional contra o Fascismo no Brasil, no qual chamaram aos cidadãos desta nação a refletir sobre a gravidade do atual momento histórico.

"Entre a democracia e o fascismo não pode ter neutralidade", advertiram no documento os eurodeputados.

 

Prensa Latina