Cuba condena golpe de estado parlamentar em marcha no Brasil
Cuba condenou energicamente o golpe de estado parlamentar em marcha hoje no Brasil e reafirmou seu apoio ao povo e legítimo governo desse país, bem como à presidenta Dilma Rousseff.
Uma declaração da Chancelaria alerta que se trata de um ataque baseado em acusações sem provas nem fundamentos legais contra a democracia brasileira e contra a legitimidade de um governo eleito nas urnas pela maioria do povo.
Acrescenta que isso foi denunciado pela própria presidenta, pelo ex-presidente e líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio "Lula" da Silva, e por numerosos dirigentes de organizações políticas de esquerda e movimentos sociais brasileiros.
Recorda que desde 2003, quando assumiu o primeiro governo do PT, encabeçado por Lula, se implementaram no Brasil importantes programas sociais com um alto impacto na população menos favorecida.
O documento informa que segundo o Banco Mundial, 25 milhões de brasileiros deixaram de viver na pobreza graças a programas como "Bolsa Família"; "Minha Casa, Minha Vida"; "Mais Médicos" e "Fome Zero", enquanto o país converteu-se em um influente ator internacional, defensor das causas justas e promotor da unidade e a integração latino-americana e caribenha.
A oposição golpista procura fechar o ciclo de governos populares do Partido dos Trabalhadores e com isto acabar com as conquistas sociais atingidas pelo povo brasileiro, adverte o texto do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.
Também implantar um governo neoliberal que permita o saque por parte das grandes empresas multinacionais das riquezas naturais desse fraternizo país latino-americano, em especial suas imensas reservas de petróleo, minerais, água e biodiversidade, e que subordine sua política exterior aos interesses hegemônicos imperialistas, acrescenta.
A declaração denuncia também que este golpe contra a democracia brasileira faz parte da contraofensiva reacionária da oligarquia e o imperialismo contra a integração latino-americana e os processos progressistas da região.
Assim, será dirigido também contra os países do chamado grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que constituem um conjunto de poderosas economias que têm desafiado a hegemonia do dólar estadunidense, conclui.
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