NOTA DE APOIO AO PROFESSOR DR ROBERTO KENNEDY GOMES FRANCO

O Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES) declara total apoio ao professor Dr Roberto Kennedy Gomes Franco, membro do Conselho Científico do CEPPES, Coordenador do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (LIINDI-UNILAB)

O Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES) declara total apoio ao professor Dr Roberto Kennedy Gomes Franco, membro do Conselho Científico do CEPPES, Coordenador do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (LIINDI-UNILAB), uma proposta inovadora de educação que busca formar educadores/as comprometidos/as com a defesa e resgate de nossas raízes ancestrais, que compreendam e respeitem a interculturalidade do nosso povo.

A denúncia anônima apresentada contra o Dr Roberto Kennedy o acusa de “depredação do patrimônio público e descaso ambiental” devido ao fato de ter sido plantado um baobá no campus Palmares da UNILAB como parte da aula inaugural de dito curso, em que participaram caciques dos Povos Kanindé e Pitaguary bem como outras lideranças indígenas, entre docentes, discentes e convidados. Atacam um ato simbólico que marca um avanço no sentido de fomentar o diálogo de saberes para enriquecer a aprofundar a ciência e educação brasileiras.

Justamente por seu compromisso com a justiça social, o respeito à diversidade cultural e científica, e com a transformação da sociedade brasileira, o Dr Roberto Kennedy tem sofrido perseguição há anos, seja por sua atuação prática, seja por sua filiação teórica. Aqueles incomodados com sua presença na universidade brasileira, desta vez, tentam (hipocritamente) utilizar o meio ambiente para atacar um espaço aberto aos povos indígenas e à interculturalidade em geral.

Repudiamos esta acusação infundada e nefasta contra o professor Dr Roberto Kennedy Gomes Franco, contra o Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da UNILAB e contra o ingresso nas universidades brasileiras de discentes que desafiam a academia a questionar sua estrutura de classes. Consideramos este mais um episódio de perseguição contra um docente que impulsiona a entrada na universidade dos/as filhos/as de trabalhadores/as de toda a América Latina e África, admitindo a diversidade e importância geográfica de nosso país; abraçando sua riqueza cultural de etnias, raças e gêneros; e reconhecendo na prática a educação como direito de todos/as.

Rio de Janeiro – RJ, 10 de maio de 2025

CENTRO DE EDUCAÇÃO POPULAR E PESQUISAS ECONÔMICAS E SOCIAIS