Nota do CNCN: 20 de novembro, dia de luta contra o racismo e contra as atrocidades do neoliberalismo!
Na semana da consciência negra os crimes contra o povo preto se intensificam no Brasil. Ontem, dia 19 de novembro, João Alberto Silveira Freitas, 40 anos foi espancado até a morte por um policial militar (terceirizado – funcionário contratado pela Brigada Militar por tempo determinado) e por seguranças do Supermercado Carrefour, na zona Norte de Porto Alegre, mais um preto da classe trabalhadora é assassinado no Brasil.
O sistema capitalista que vive uma crise orgânica do capital tem aflorado no seio social a ideologia protofascista, a fim de, garantir o modelo econômico neoliberal rechaçado pelos povos pobres e trabalhadores em todas as partes do planeta. Na América Latina essa luta contra os golpes, o fascismo e o neoliberalismo ganham forças com as mobilizações populares e a derrota da direita neoliberal nesses países: Bolívia, Chile e Argentina. Cuba Socialista resiste, assim como a Venezuela e o governo revolucionário Bolivariano. No Brasil desde o golpe neoliberal contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), as forças reacionárias e a extrema direita protofascista se rearticularam e com a parcela mais atrasada da sociedade leva a cabo o a ameaça, o terror e a morte aos que lutam contra esse sistema capitalista de exploração neoliberal. Assim foi com a vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), assassinada em 14 de março de 2018 e até hoje a justiça não solucionou o caso, não se sabe o mandante do crime e o que motivou. A vereadora negra eleita, Ana Lúcia Martins (PT-SC) sofrer ameaças de morte em uma rede social em Joinville (SC) por neofascistas.
Os assassinatos de jovens de vilas e favelas de todo o Brasil, denunciado pelo Jornal Inverta na década dos anos 90, têm causada uma mudança na composição de gêneros (homens e mulheres). O jovem negro Pedro Gonzaga, 19 anos foi assassinado em 14 de fevereiro de 2019, durante a abordagem violenta de um segurança, em uma unidade do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, o que o levou a morte por estrangulamento. O adolescente João Pedro Mattos Pinto, (mais um) negro de 14 anos assassinado durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), tomou um tiro pelas costas, em maio de 2020. Esses e os diversos assassinatos contra a população trabalhadora, pobre e preta é o reflexo do sistema desigual e de exploração capitalista que impõe o terror nas vilas, favelas e periferia dos grandes centros urbanos do país, a desigualdade se amplia com as medidas do governo federal de Jair Bolsonaro e seu ministro da economia Paulo Guedes com medidas que favorecem aos monopólios nacionais e internacionais e as multinacionais do capital financeiro.
Neste 20 de novembro não temos nada a comemorar, mas, cabe a nós uma tarefa imediata para por fim a essas atrocidades contra o nosso povo. Ou morremos de covid-19, ou por fome, por extermínio ou morremos lutando contra essa política que esta sendo imposta ao nosso povo. As ruas, as trincheiras e a revolta contra esse governo irá crescer, no entanto cabe a nós chamar a organização popular por um Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo, que se articule com as forças progressistas em um Programa de Emergência para o Brasil contra as políticas econômicas neoliberais e que cria as condições subjetivas para a formação do Poder Popular.
Por justiça e em defesa dos povos negros, indígenas, mulheres e homens. Contra o extermínio da classe operária, em defesa da vida, nós gritamos:
João Alberto Silveira Freitas – Presente!
Marielle Franco – Presente!
Pedro Gonzaga – Presente!
João Pedro – Presente!
Zumbi dos Palmares – Presente!
Dandara dos Palmares – Presente!
20 de novembro de 2020, Brasil.
Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo