ABI denuncia chacina na Vila Cruzeiro e clama por fim da bestialidade contra o Povo pobre!

A Associação Brasileira de Imprensa, por meio de sua Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, vem manifestar seu protesto diante da forma como as forças de segurança, notadamente a Polícia Militar do Estado e, estranhamente, a Polícia Rodoviária Federal, agiram nesta terça-feira (24/05) em nova operação em favelas, desta vez na Vila Cruzeiro, na Penha.

A Associação Brasileira de Imprensa, por meio de sua Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, vem manifestar seu protesto diante da forma como as forças de segurança, notadamente a Polícia Militar do Estado e, estranhamente, a Polícia Rodoviária Federal, agiram nesta terça-feira (24/05) em nova operação em favelas, desta vez na Vila Cruzeiro, na Penha. Um confronto que resultou em 22 mortes de civis e diversos feridos, saldo registrado até o momento em que esta nota era redigida.

As forças policiais, não satisfeitas em descumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu as operações em favelas durante a pandemia, se valeram de um eufemismo infeliz ao classificar o que ocorreu hoje como uma operação de inteligência. Não bastasse, responsabilizaram a decisão do próprio Supremo Tribunal Federal como causadora de tamanha violência.

A ABI, instituição centenária que se pauta por valores democráticos, não compactua com mais uma barbárie perpetrada por aqueles que, como responsáveis pela garantia da segurança pública, deveriam defender a população e, não, exterminá-la.

Diante desta nova matança, uma repetição do que ocorreu em maio de 2021 na comunidade do Jacarezinho, também na Zona Norte do Rio, torna-se fundamental que órgãos de controle e a própria sociedade procurem descobrir como as chacinas se repetem sem que haja qualquer responsabilização penal de seus autores.

O Rio de Janeiro não pode continuar convivendo com uma política de segurança que, a pretexto de combater a criminalidade, resulte sempre em chacinas e mortandades, quase sempre atingindo a população mais pobre e sofrida, notadamente inocentes. É preciso dar um basta nesta bestialidade!

(ABI)