83 anos de nascimento de Kim Jong Il
No dia 16 de fevereiro, o povo da República Democrática da Coreia e os revolucionários em todo o mundo comemoraram a memória do grande líder Kim Jong Il. Filho do líder revolucionário Kim Il Sung e da heroína Kim Jong Suk, nasceu em 1942 quando seus pais eram guerrilheiros nas montanhas de Paektu e lutavam contra a invasão japonesa.
Kim Jong Il é relembrado por suas grandes contribuições teóricas, ao ter sistematizado e aprofundado a seu tempo os estudos sobre a ideia Juche, elaborada inicialmente por Kim Il Sung, permitindo melhor compreensão e assimilação da mesma por parte dos povos do mundo. Sob esta concepção revolucionáia e original, o ser humano tem como características essenciais ser “um ser social com espírito de independência, espírito criador e consciência”, cujo pleno potencial só pode ser liberado no socialismo, em que a força e o trabalho coletivos são voltado à produção criadora, à participação nas decisões da vida social, em que as massas populares, através de sua ação consciente, são “o sujeito da história, quem forja o destino do homem.” Foram diversas obras, discursos, verdadeiras aulas reafirmando que o socialismo é uma ciência, e refletindo seu trabalho constante de educação do povo e enaltecimento dos valores socialistas que elevam a moral e o humanismo em todos nós.
No entanto, este socialista resoluto não apenas contribui com a teoria científica da classe trabalhadora, como foi também posto à prova durante o período mais difícil a abater-se sobre o movimento revolucionário internacional. Assumiu a condução da República Democrática da Coreia em 1994, quando a queda do muro de Berlim e a ascensão do neoliberalismo excerciam pressão implacável sobre a classe trabalhadora e fomentavam as posições reformistas ao interior da RPDC (e em todos países do campo socialista). Justamente neste período, Kim Il-Song afirmou, com todas as letras, que a difamação do socialismo não seria tolerada: “O socialismo é ciência. Em diferentes países foi frustrado, mas segue vivo como ciência no coração dos povos. […] A derrubada do socialismo em vários países não significou seu fracasso enquanto ciência, mas sim o descrédito do oportunismo que o degenerou. Ainda que tenha sofrido temporariamente um doloroso revés devido ao oportunismo, seguramente ressurgirá e triunfará no final por sua cientificidade e veracidade.”
Marcou assim uma trajetória única e exitosa de construção da nação coreana com base nas riquezas naturais, culturais e científicas do país; motivando o povo a ignorar os chamados do pântano (como diria Lenin) e refletir sobre a verdadeira riqueza que se estava a construir. Rebateu os vigaristas que traziam o retorno ao capitalismo como proposta inovadora: “O valor do novo somente é possível medir como uma nova régua. A realidade proporciona outra prova patente de que o modo de pensar dos que predicam o retorno do velho, não é novidade de modo algum.” A soberania alimentar foi conquistada, a defesa nacional alcançou novo patamar com o desenvolvimento da indústria nuclear, a construção civil foi de encontro às necessidades de moradia da população e se superou em plenitude artística com a modernização das cidades, e a excelência científica que marca a educação superior no país são apenas algumas de suas contribuições práticas que pavimentaram o caminho do povo coreano na virada do século.
Suas contribuições, teóricas e práticas, precederam sua indicação à liderança do país. Sempre foi um camarada consequente e respeitado nos espaços e tarefas que cumpriu no partido, durante as longas décadas que dedicou ao trabalho revolucionário. Não à toa o consideram o “Eterno Secretário Geral do PTC”, pois passou à eternidade como viveu: dedicado ao partido. Sua eleição ao Comitê de Defesa Nacional em 1993, então máximo cargo do Partido e da RPDC, foi reconhecimento não apenas de sua capacidade como estratega e militar, mas de sua omnilateralidade como líder. Ergueu, ainda na década de 1970 por exemplo, um importante debate sobre a importância do cinema, em particular, e da arte e literatura em geral, seu papel pedagógico como motor revolucionário, registro histórico das lutas e como expressão entranhável do espírito singular de um povo que, dialeticamente, o une com o mais profundo e universal do ser humano. Sua admiração como líder carismático não comprometeu a firmeza com que foi necessário conduzir o país e defendê-lo da contraofensiva internacional em momentos tão difíceis, ao mesmo tempo que de certa forma o blindou das campanhas milionárias da burguesia internacional que pretendiam manipular a ignorância para jogá-la contra todas as lideranças que, como ele, buscavam a verdadeira independência dos povos.
Viva Kim Jong Il!
Viva a República Democrática da Coreia!