Israel e terrorismo de Estado: os 60 anos da Nakba

No dia 16 de maio, ocorreu, no vão livre do MASP na cidade de São Paulo, um ato pelos 60 anos da Nakba palestina. Em 1948 é criado o Estado de Israel, seguido pela expulsão de 700 mil árabes não-judeus da região. Iniciou-se, assim, a mais longa ocupação do mundo contemporâneo e um relevante enclave para o imperialismo.

Israel e terrorismo de Estado: os 60 anos da Nakba

 

No dia 16 de maio, ocorreu, no vão livre do MASP na cidade de São Paulo, um ato pelos 60 anos da Nakba palestina, termo árabe que designa a catástrofe representada pela criação do Estado de Israel em 1948, seguida pela expulsão de 700 mil árabes não-judeus da região. Iniciou-se, assim, a mais longa ocupação do mundo contemporâneo e um relevante enclave imperialista numa área estratégica geograficamente – encontro entre Ásia, África e Europa – e rica em petróleo.

No dia 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral da ONU recomendou a partilha da Palestina em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união econômica e aduaneira. O projeto, entretanto, nunca foi de fato implementado, pois mais de 3/4 dos palestinos foram expulsos de suas terras e impedidos de retornar. Os pilares da invasão sionista eram a conquista da terra e a conquista do trabalho, não lhes interessando um Estado compartilhado. Neste momento seria idealizado o Plano Dalet, que previa intimidação em massa: incêndios, bombardeamento de casas, implantação de minas, expulsão de habitantes entre outros meios para garantir que Israel fosse um Estado unicamente judeu.

Diferentemente do que defende a historiografia sionista, os palestinos não saíram voluntariamente de suas casas chamados por lideranças que lhes prometiam um retorno assim que findasse a guerra. Sua expulsão foi resultado de um planejamento e a guerra de 1948 tinha o claro objetivo de realizar uma limpeza étnica na Palestina. A invasão árabe que se seguiria seria, portanto, um ato defensivo para conter este processo de limpeza que estava em andamento. Entre dezembro de 1947 e janeiro de 1949, seriam registrados 31 massacres com 531 vilarejos e onze distritos urbanos palestinos completamente varridos do mapa.

A história do país, desde então, tem sido marcada por práticas e políticas que violam constantemente os Direitos Humanos, reforçando a presença do imperialismo – principalmente o estadunidense – na região.

No plano internacional, é conhecida a pressão israelense a países e organizações em seu entorno que considera serem um risco para a sua “segurança”, além de sua associação a outros Estados terroristas no mundo, como Guiné Equatorial e Colômbia, e violações a tratados e sanções internacionais, como o imposto nos anos 1970 e 1980 ao regime de apartheid na África do Sul.

Não é casual, Israel se identifica com estes regimes. Aos Estados Unidos é muito interessante contar com o país como aliado, sendo o primeiro a rechaçar, no Conselho de Segurança, toda e qualquer medida contra sua atuação criminosa e enviando uma considerável “ajuda” econômica e militar anualmente.

O ato do dia 16, organizado pelo Movimento Palestina para todos (Mopat), acompanhou um chamado global em defesa à luta do povo palestino que, assim como muitos povos em resistência, sofre diariamente uma feroz campanha militar e informativa por parte do imperialismo.

Juventude - São Paulo

Angela
Angela disse:
26/04/2012 19h35

a violencia em relacao ao terrorismo de estado é grande.E é preciso acordo em estado de alguns paises.

Comentários foram desativados.