A sociedade de classes
E seu desenvolvimento
Nascem da contradição
Que é seu grande sustento.
Para senhores, progresso
Para escravos, retrocesso
E muito mais sofrimento.
Surgiu o capitalismo,
Com moderna servidão.
Propriedade privada
Dos meios de produção,
Continua a moda antiga.
Ó, meu amigo, ou amiga:
Pra pobre, não mudou não!
Mudaram as relações,
E continua o eufemismo.
No escravismo, escravo
É servo, no feudalismo.
O senhor hoje é patrão,
E o operário, ou o peão,
Ora sofre o servilismo.
Ao homem que só tem prole,
Dão o nome proletário.
O homem trabalhador,
Chamam também operário
“O dono da produção”
(Quem faz apropriação)
Chamam é de empresário.
Os traços característicos
Do modo capitalista:
Produzir mercadorias
Pra mercados em conquista.
Trabalho, se compra e vende,
Quem não quer morrer se prende
À situação egoísta...
É também o monopólio
Dos meios de produção
Outra característica
Da atual situação.
Lucro é só o objetivo,
Não o bem-estar coletivo,
Não a distribuição.
É o princípio do lucro
A famosa “mais-valia”.
O que enriquece o patrão,
Mesa de pobre esvazia.
Ou inverte-se a ação,
Ou vamos à extinção,
Causada por covardia.
Na economia burguesa,
Empresário tudo tem.
Só que o herói, o operário,
Na miséria se mantém.
O patrão diz que enricou
Porque Jesus o ajudou.
Ele mente muito bem.
No Estado Capitalista,
Dos donos do capital,
Não se iludam, camaradas,
Para pobre só tem pau.
Não queiram fazer “baderna”,
Prefiram a vida eterna!
Céu é pra gente legal...
A humanização do homem
É nossa tarefa urgente,
Transformar essa cultura
Da juventude doente.
Ensiná-la a pensar,
E à espécie preservar,
Usando melhor a mente.
Do sonhado comunismo,
A sua definição:
É a política econômica
Para distribuição
Das riquezas produzidas
Pra promover dignas vidas
De toda a população.
É causa de vida ou morte,
Além de ideologia,
Todos lutarmos por isso,
Mudando a economia,
Porque, na realidade,
Como anda a humanidade,
Do fim, está perto o dia.
Antonio Queiroz de França