FARC-EP libertam unilateralmente prisioneiros
FARC-EP libertam unilateralmente prisioneiros
Neste fim de dezembro, pelo menos 3 prisioneiros de guerra retidos pelas FARC-EP (a ex-candidata à vice-residência, Clara Rojas, seu filho Emmanuel e a ex-congressista Consuelo González) estarão em liberdade, celebrando com alegria a chegada das festas e do Ano Novo junto a seus familiares.
O anúncio da libertação dos 3 prisioneiros foi feito em comunicado emitido pelo Secretariado das FARC-EP em agradecimento ao presidente venezuelano Hugo Chavéz Frías e à senadora colombiana Piedad Cordoba, por suas gestões na intermediação e luta pelo Acordo Humanitário de troca de prisioneiros de guerra entre o governo colombiano e a guerrilha.
Além de significar esperança para os familiares de todos os presos, a libertação de Clara, Emmanuel e Consuelo contrasta com a atitude do presidente colombiano Álvaro Uribe, que recentemente interrompeu as negociações do Acordo Humanitário e desautorizou sua facilitação e mediação por parte de Chávez e Córdoba, seguindo em suas tentativas de libertação por meio das armas, que resultam apenas em enfrentamento e morte dos prisioneiros nas selvas da Colômbia - como ocorreu em julho deste ano com 11 deputados colombianos.
Hoje há cerca de 500 guerrilheiros presos nos cárceres do país, além de 2 guerrilheiros ilegalmente extraditados para os EUA, apesar de serem colombianos, Simón Trinidad e Sonia, ferindo a soberania da Colômbia e a independência pela qual lutou Bolívar.
Há apenas alguns anos, as FARC-EP haviam libertado unilateralmente 350 prisioneiros. Essa é mais uma prova da atitude responsável da guerrilha, exército do povo, e da atitude criminosa do governo narco-terrorista e para-militar de Álvaro Uribe Vélez, que não reconhece sequer o Tratado de Genebra e a troca humanitária de prisioneiros de guerra.
Parabéns às FARC-EP pelo gesto político e humanitário implicado na libertação de Clara, Emmanuel e Consuelo. Que Uribe assuma a responsabilidade humanitária inerente ao acordo ou renuncie a seu mandato, marcado pela corrupção, pelo paramilitarismo e pelas ligações com o narcotráfico.
Helena Campos