Lançamento de A crise do Capital em Marx e Suas Implicações nos Paradigmas da Educação na UFMG
Minas Gerais receberá Aluisio Bevilaqua para lançamento do livro: A crise do Capital em Marx e Suas Implicações nos Paradigmas da Educação (Contribuição ao Repensar Pedagógico no Século XXI). O lançamento será na Faculdade de Educação da universidade Federal de Minas Gerais - FAE-UFMG, no dia 13 de Junho de 2012, às 18h30h.
Aluisio retorna a Belo Horizonte após 12 anos para lançamento de sua obra mais recente. Em 25 de Janeiro de 2000, o autor esteve na capital mineira para lançar o livro O Enigma da Esfinge (Em defesa dos Princípios Leninistas na Refundação do Partido Comunista), o lançamento e debate contou naquele momento com um público representativo de estudantes, professores e de representantes de movimentos sociais, além de representações partidárias. Lembramos ainda que este debate foi pautado nos principais veículos de comunicação local.
Aluisio Pampolha Bevilaqua é cientista político formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), além de já ter realizado diversos cursos em universidades de países socialistas. Trabalhou nos jornais Granma Internacional, de Cuba, e no Barricada, da Nicarágua. Retornou ao Brasil para resistir à ditadura e trabalhar na reorganização da luta contra as oligarquias burguesas. Fundou em 1991 o Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES) e o Jornal Inverta, onde exerce a função de editor chefe. Durante essas duas décadas, escreveu os editoriais e reportagens, em que apresenta uma análise da realidade dentro dos paradigmas do marxismo-leninismo e que tiveram seus 100 primeiros textos compilados no livro Jornal Inverta 10 anos. É autor também de Reacender a Chama: Teses sobre a Revolução Brasileira; Enigma da Esfinge: Em defesa dos princípios leninistas na refundação do partido comunista; Crise na Ásia: O Tufão e a Muralha de Papel (hoje esgotado); As Alterações Climáticas e a Globalização Neoliberal; entre outras obras de destacada profundidade e rigor científico. Também se dedica a seu trabalho como educador tendo desenvolvido um método de ensino da ciência marxista através da imersão nos clássicos e o trabalho coletivo de seus alunos. É um árduo defensor da teoria de Marx, Engels e Lênin e cientificamente convicto dessa teoria e acima de tudo, de que a mesma é um guia para a prática, a que se dedica desde a mocidade até os dias atuais.
No lançamento em BH do seu recente trabalho, Aluisio contará com os debatedores: o sociólogo Antonio Julio de Menezes Neto, Mestre em Extensão Rural pela UFV Doutor em Educação - Linha: Estado, Sociedade e Educação pela USP (2001) e Pós-Doutor em Sociologia pelo CPDA/UFRRJ. Há mais de 20 anos é professor na UFMG, sendo atualmente professor associado, tem dois livros publicados, artigos acadêmicos e capítulos de livros, assim como artigos publicados em Anais Nacionais e Internacionais. Orienta seus trabalhos de pesquisa, ensino e extensão em consonância com os seus princípios de construção de uma sociedade mais justa; Aparecida de Fátima dos Santos, Doutora em Educação pela UFRJ, pesquisadora Adjunta I da Fundação Oswaldo Cruz, na área de Educação Profissional em Saúde e Bolsista do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ; Aryanne Martins, graduada em Psicologia e Física pela UFMG. O debate será coordenado pela professora Conceição Clarete Xavier Travalha, Mestre em Educação pela UFMG e Doutora em Educação Matemática pela Unicamp e Pós-doutorado pela Universidade de Holguín - Cuba. Atualmente é professor adjunto da UFMG, coordena o NEPPCOM (Núcleo d Estudos e Pesquisas sobre o Pensamento Complexo) e o CENEX - FAE. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino.
A OBRA
Se os axiomas geométricos contrariassem os interesses dos homens, seguramente haveria quem os refutasse. (...) Nada tem de extraordinário, portanto, que a doutrina de Marx, que serve diretamente à educação e à organização da classe de vanguarda da sociedade moderna, que indica as tarefas desta classe e demonstra a inevitável substituição – em virtude do desenvolvimento econômico – do regime atual por uma nova ordem; não é de estranhar que esta doutrina tenha tido que lutar a cada passo dado ao longo da história. (LÊNIN, OC, 1983, Tomo 17, p. 17).
Como é possível vivermos em uma sociedade totalmente informatizada na qual ao mesmo tempo as pessoas estejam desempregadas, as máquinas paradas e as mercadorias estocadas? É a Crise do Capital que demonstra a falência desse sistema que elevou a produção social a níveis antes impensáveis, enquanto ao mesmo tempo concentrou em um polo da sociedade miseráveis, pessoas condenadas a sobreviver com sua dignidade negada em uma vida de sofrimentos.
As recentes manifestações da Crise colocaram em xeque toda a economia burguesa, seja sua corrente neoliberal, quanto seus adversários neokeynesianos, que incapazes de chegar ao cerne do problema, se debatem na superfície deste fenômeno histórico.
Quando publicou Crise na Ásia: o Tufão e a Muralha de Papel (hoje esgotado) em 1997, defendendo a incapacidade da superação da crise dentro dos marcos deste sistema, poucos eram os que duvidavam do vigor e da capacidade do capitalismo de superar suas barreiras. Nadando contra a corrente, esse presente trabalho de Aluisio Bevilaqua se insere como a continuidade de uma cadeia de outras obras do autor, entre livros e artigos publicados principalmente no Jornal Inverta, que sistematicamente e com a persistência daqueles que atingem os cumes luminosos da ciência, vêm analisando a estrutura do sistema em que vivemos através da única ciência capaz de lançar luz sobre os fenômenos socioeconômicos, que de uma forma dramática determinam o destino de bilhões de pessoas.
Da mesma forma em que demonstra a nulidade da ciência econômica burguesa, o autor também analisa com profundidade e detalhe as recentes teses sobre a crise que surgiram no campo do pensamento do marxismo legal e que também ganharam seu espaço na mídia e na academia, alguns destes inclusive apresentando-se como retificadores da obra de Marx. Porém, ao fazer uma leitura rigorosa dos clássicos do marxismo, do qual ele é um profundo conhecedor, em especial dos Grundrisses, obra que está em evidência e muita utilizada por esses autores, Aluisio demonstra o caráter insuficiente dessas análises, que muitas vezes deturpam ou omitem seletivamente trechos da obra do filósofo alemão.
Hoje, uma década e meia depois, com o agravamento da crise que se complexifica e traz à tona outros graves desdobramentos, como a crise ambiental, faz-se mais presente do que nunca seu chamado que ecoa Marx: “os filósofos não fizeram mais que interpretar o mundo de formas diferentes; trata-se porém de modificá-lo”.
Em 1997, ao encerrar seu livro Crise na Ásia: o Tufão e a Muralha de Papel, Aluisio afirmou: “Se a história caminha, nada mais que uma crise para demonstrar esta inexorabilidade, contudo, resta saber, para onde? Para as massas somente uma resposta é plausível: para o Socialismo”.
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