Oscar Lopez Rivera
Oscar López Rivera
“Eu não tenho
arrependimento pelo que fiz no movimento de independência de Porto
Rico.
O ônus não é sobre nós. O crime é o colonialismo.” (Oscar Lopez Rivera)
Oscar López Rivera nasceu em San Sebastian, Porto Rico, em 6 de janeiro de 1943. Aos 12 anos, mudou-se para Chicago com sua família. Foi um ativista muito respeeitado na comunidade e destacaada liderança na luta pela independência de Porto Rico, além de ser um dos fundadores da escola secundária Rafael Cancel Miranda, hoje conhecida como Escola Dr. Pedro Albizu Campos. Participu da organização de numerosas atividades, como ALAS, um programa educacional para prisioneiros de origem latino-americana nos cárceres dos EUA, participando ativamente das lutas comunitárias contra a carestia e a violência policial.
Foi obrigado a servir o exército imperialista dos EUA e esteve durante 1 ano no Vietnã, em 1967. Participou do Free the Five, comitê pela liberdade dos 5 Nacionalistas porto-riquenhos à época presos, tendo sido forçado a entrar na clandestinidade em 1975, junto a outros camaradas. Foi capturado em 29 de maio de 1981, após 6 anos de perseguição pelo FBI.
Porto Rico e Cuba foram invadidos pelos EUA em 25 de julho de 1895, sendo que Porto Rico permanece de fato ainda hoje como colônia dos EUA, sem o direito a sua auto-determinação. As Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN) foram uma organização político-militar que, desde os EUA, combatia pela independência de Porto Rico sob a liderança de Filiberto Ojeda Ríos (1933-2005), tendo dado origem posteriormente ao Exército Popular de Boricua – Los Macheteros (EPB).
Em 1981, Lopez Rivera foi sentenciado a 55 anos de prisão, acusado de “conspiração sediciosa” e vinculação às FALN. No dia 1 de janeiro de 1988, foi condenado a mais 15 anos por conspiração para fuga da prisão, em 1985, junto aos lutadores porto-riquenhos Jaime Delgado e Dora Garcia e a Kojo Bomani-Sababu, prisioneiro político ligado ao movimento negro.
Oscar foi um dos 12 prisioneiros políticos porto-riquenhos a quem foi concedida Anistia durante o governo Clinton, em 1999, devido à pressão política sobre o caso. A condição, no entanto, seria declarar seu arrependimento pela luta. Além disso, a anistia não cobriria as acusações de fuga da prisão. Ainda que, segundo sua irmã, “tenha estado em total acordo com a decisão dos 11 outros companheiros e companheiras em aceitar a anistia”[1], Rivera recusou-a para si, afirmando que não deixaria para trás aqueles a quem ela não fôra oferecida. “Eu não tenho arrependimento pelo que fiz no movimento de independência de Porto Rico. O ônus não é sobre nós. O crime é o colonialismo.” - afirma.
Oscar Lopez Rivera tem uma filha, chamada Clarissa, e sua libertação está prevista para 2027.
LIBERDADE JÁ PARA O CAMARADA OSCAR LOPEZ RIVERA!
[1] http://www.prisonactivist.org/pps+pows/oscar-lopez-rivera.html
Mais Informações:
http://prolibertadweb.tripod.com/id2.html
http://www.thejerichomovement.com/jericho.html
Endereço para correspondência pessoal na prisão:
Oscar Lopez-Rivera # 87651-024
U.S. Penitentiary
P.O. Box 12015
Terre Haute, IN 47801
United States of America