Governo de SP gerencia a extorsão nos pedágios
Governo de SP gerencia a extorsão nos pedágios
Por: José Tafarel
O governador Geraldo Alckmin continua sendo serviçal de um punhado de empresas privadas que monopolizam as principais rodovias do Estado de São Paulo. A defesa dos interesses dos monopólios das estradas começou ainda antes do processo de privatizações, quando estavam sendo elaboradas regras no edital de licitação, onde não se previam sequer o milionário negócio de instalação de fibras óticas nos canteiros centrais das rodovias. A multiplicação exponencial do número de praças de pedágios e o aumento abusivo nas tarifas individuais completariam o assalto “legal”.
Não
importa quanto os monopólios das estradas expropriem
caminhoneiros, trabalhadores ou usuários das rodovias, seus
interesses e negócios privados continuam sendo assegurados
pelo governo neoliberal de Geraldo Alckmin.
Na Rodovia Castello
Branco, por exemplo, manifestações contra a
privatização ocorrem praticamente todos os meses. Na
mais importante delas, ocorrida em 19 de novembro de 1999, o então
governador neoliberal Mário Covas colocou arbitrariamente seis
militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) na cadeia
por mais de um ano, e só conseguiram sua libertação
depois de permanecerem por uma semana em greve de fome.
Em outra manifestação, mandou a polícia sair atirando na população extorquida, prendeu mais três manifestantes e feriu um caminhoneiro com um tiro disparado à queima roupa.
A regra é simples: a Via-Oeste saqueia os usuários e o governo neoliberal coloca todo o aparelho repressivo de Estado a seu dispor. Na última terça-feira, dia 8, trabalhadores, moradores e personalidades de 7 cidades da Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo saíram em carreata de Barueri à Assembléia Legislativa do Estado protestando contra o fechamento das pistas marginais da Castello Branco (o que obriga o pagamento de R$ 7,00 pela passagem na Rodovia) e pela abertura imediata de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a concessionária ViaOeste.
A conta que caminhoneiros e usuários estão sendo obrigados a pagar por percorrer apenas 18 Km em um mês chega a ultrapassar a casa dos R$ 150,00, ou cerca de 1 salário mínimo. Não há como pagar essa absurda conta para utilizar o asfalto da ViaOeste. Por isso a palavra de ordem dos trabalhadores e usuários em protesto era “Acesso Livre Já!”.