Do Underground para a fábrica do Capitalista

Esse “movimento social” é composto em suma por jovens filhos da classe operária que sentem na pele a exploração do homem pelo homem, atônitos diante de uma realidade cruel e sem perspectivas para o futuro, que vêem na postura radical, anti-estética e principalmente musical a possível fuga desta situação sócio-econômica-cultural caótica mundial.

Do Underground para a fábrica do Capitalista

Por: José Bonifácio / Juventude Comunista


Underground, palavra originária da língua inglesa que quer dizer subterrâneo, porém esta expressão veio para classificar um movimento criado por novos artistas: da literatura, música, artes plásticas, teatro e cinema. Que contestado os “valores” da sociedade vigente, a sociedade capitalista; que acreditando na sua força e potencial de trabalho criaram por eles mesmos, novos mecanismos para comunicar-se e expressar-se.

Para analisarmos brevemente, este “movimento social” não me prenderei a uma linha temporal por achar a mesma neste caso desnecessária e indo assim no cerne da questão. Em suma, ele é composto por jovens filhos da classe operária que sentem na pele a exploração do homem pelo homem, atônitos diante de uma realidade cruel e sem perspectivas para o futuro, que vêem na postura radical, anti-estética e principalmente musical a possível fuga desta situação sócio-econômica-cultural caótica mundial.

Este movimento, por sua vez, teve várias fases e explodiu em vários países do mundo. No Brasil, de onde parte nossa análise, ele vem arrefecendo dia após dia, talvez isso se dê na sua origem idealista ( espero que já saibamos que o idealismo é uma ideologia burguesa), e nunca teve uma base sólida científica. Por isso os mais progressistas no cenário não avançam, e outros visam sucesso global, contratos milionários expondo-se ao ridículo conformismo ou pior servindo ao sistema exploração, com suas apologias às drogas, e exercendo péssima influência na cabeça da moçada, além é claro enriquecendo os cofres dos capitalistas; e os “inocentes” acham que estão fazendo um grande negócio, coitados, só recebem as migalhas das mesas. Que

falta faz a álgebra. A coisa é tão estonteante que vai do romantismo ao extremismo, isto é, da singela anarquia ao violento fascismo, e é sabido de todos que “o que não mata engorda o sistema capitalista”.

Para uma maior reflexão temos que analisar as diferentes atitudes juvenis, e ficarmos familiarizados com seus diversos seguimentos, e isto requer uma maior atenção de todos os revolucionários, pois, subjugar os jovens esquecendo que o homem é um produto do meio, é um erro.

Alguns acreditam estar na vanguarda, os neo-punk’s e neo-straight edge, que têm forma mas sem conteúdo, já os neonazistas que não se assumem como para-militares e ditadores. Expressam uma herança da ditadura militar e os erros cometidos no passado.

O jovem sem cultura revolucionária (valores trabalhos) enxerga numa “contra-cultura” a possibilidade de manter-se íntegro neste caos mundial e a esta pátria prostituída que renegou seus pais e prossegue renegando-o. Só que seu consumismo errôneo leva-o à degeneração, sem digerir e defecar velhas idéias. Quando o jovem deve ser um aglutinador de idéias novas e ricas.

Neste sentido, somente a ciência Marxista-Leninista para canalizar essa rebeldia e guiar seu avanço através do socialismo, para a liberdade comunista, livre de toda exploração e preconceitos.

As motivações que levam o homem a lutar devem ser realmente fortes (reflitamos); pois se o contrário for, só alimentaremos as fornalhas das fábricas dos burgueses, quando esses meninos encontrarem-se numa fase demodê, como tanto fez ou tanto faz, e aceitarem pacificamente sua exploração.



Contra a alienação e o sonambulismo coletivo!
Por um underground verdadeiramente Revolucionário!
Ousaremos Lutar! Ousaremos Vencer!