Sharon não retira assentamentos de territórios ocupados
A divulgação da desocupação dos assentamentos localizados nos territórios palestinos, que na gestão de Ariel Sharon, e nas anteriores, foi anunciada e descumprida inúmeras vezes, teve como objetivo favorecer a reeleição de George W. Bush. A opinião pública, mais uma vez formada em sua maioria pela mídia nazifascista, divulgou, à exaustão, as boas intenções de Sharon, sua “luta” para convencer seu partido e etc.
Aqui no Brasil, a mídia, uma cópia dos noticiários norte-americanos e ingleses, como sucursal que é, deu amplo espaço às supostas medidas de Sharon. Reeleito Bush, restabelecido o apoio de fato (econômico principalmente) do governo republicano e das oligarquias que controlam os EUA à continuidade do extermínio do povo palestino e de civis israelenses, Ariel Sharon, também conhecido como o carniceiro de Sabra e Chatila, por, no mínimo, fazer vista grossa ao extermínio de palestinos, nos campos de refugiados no Líbano (perpretado supostamente “apenas” pelos cristãos libaneses), tira a máscara e reafirma sua política nazi-fascista.
Enquanto se negocia a paz nos fóruns internacionais mediada inclusive pelos EUA, as pedras, nas mãos dos jovens palestinos, continuam incessantemente a serem lançadas contra os tanques e mísseis israelenses. As vozes dos organismos internacionais, governos, mídia, que outrora se vangloriaram de contribuir para queda de muros e levar a liberdade do capital aos “oprimidos” povos sob o regime socialista, são cúmplices - há 60 anos da vitória dos povos sobre o nazi-fascis- mo - e co-autores do extermínio de homens, mulheres e crianças, seja na Palestina, no Afeganistão, no Iraque ou até no Haiti. Ao assistir mais uma vez o adiamento da desocupação, um triste “eu já sabia” vem ao pensamento dos progressistas em todo o mundo. E a resistência palestina mais uma vez leva a cabo a Intifada.
Karina Ziegler