A vitória sobre o fascismo, obra dos trabalhadores e dos povos

Faz 60 anos que os trabalhadores, os povos, os governos democráticos, as forças sociais e políticas progressistas derrotaram o fascismo.

Esse acontecimento marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, representou o final do genocídio desatado pelo Eixo Fascista integrado pela Alemanha hitleriana, Itália fascista e o Japão imperialista e reacionário contra os povos da Europa, Ásia e África, contra a União Soviética, e representou também o fim da perseguição e do holocausto dos judeus, o final da caçada, das torturas e assassinatos dos sindicalistas, dos revolucionários e dos comunistas.

A besta fascista cometeu desmandos e assassinatos, invadiu países, arrasou povos e cidades, instaurou os “campos de concentração” onde submeteu a trabalhos forçados, à tortura e ao extermínio centenas de milhares de pessoas. Pretendeu estabelecer um império de “mil anos”.

A URSS, após a Revolução de Outubro, foi conquistando importantes lucros científicos e técnicos e, sobretudo, foi levantando a nova sociedade dos trabalhadores que erigiram um grande país, com uma produção extraordinária e povos mobilizados. Era um novo poder que crescia vigorosamente, um exemplo para os trabalhadores e os povos do mundo, um farol para a propagação do socialismo por todos os rincões do planeta. Constituía uma grande escolha para a expansão dos países imperialistas e foi considerado sempre como um inimigo a vencer por parte dos imperialistas e dos fascistas.

O fascismo se propôs a implantar uma “nova ordem”, a dominação do mundo por parte do “povo superior”. Nesse propósito, dirigiu todo seu imenso poder militar contra a União Soviética, contra o país do comunismo. Estava consciente que seus afãs expansionistas poderiam desenvolver-se eliminando o grande país dos Sovietes.

A fase inicial da Segunda Guerra Mundial se expressou em negociações diplomáticas entre os países imperialistas da Europa, Inglaterra e França com a Alemanha, com o objetivo de dirigir a imensa maquinaria bélica germana contra a Rússia Soviética. Nessas pretensões não vacilaram em sacrificar a Tche-coslováquia e a Polônia.

Por sua parte a União Soviética se envolveu nas negociações, na guerra diplomática, com o objetivo de defender sua soberania, sua integridade e existência, de defender e potencializar o socialismo.

Como resultado dessas negociações foi assinado o Tratado de não agressão entre a União Soviética e Alemanha, conhecido como o Tratado Molotov-Ribentrov. Esse acordo significou um avanço da diplomacia soviética que permitiu ganhar um tempo precioso para preservar e desenvolver a indústria de guerra, para organizar e potencializar o Exército Vermelho e organizar os trabalhadores e os povos para a defesa da Pátria Socialista.

Quando a Alemanha e Itália invadiram a União Soviética devastaram o país, destruíram grandes monumentos, assassinaram milhões de civis e perpetraram bestiais crimes de guerra em dimensões maiores aos que cometeram na França e em outros países invadidos da Europa.

As forças alemãs pareciam invencíveis, avançaram profundamente em Moscou, chegaram a sitiar Stalingrado. O governo soviético, o Exército Vermelho, os trabalhadores e os povos se retiraram antes da passagem do exército alemão, deixando em suas fileiras milhões de guerrilheiros que cumpriram um papel destacado na Grande Guerra Pátria.

Em Stalingrado realizou-se a batalha mais cruenta e decisiva. A fortaleza e o patriotismo dos soldados e os povos soviéticos resistiram heroicamente ao assédio e, finalmente, reverteram a direção da guerra, triunfando nessa batalha.

Em todos os continentes, a grande maioria dos países se manifestou indignada contra a ditadura fascista e organizou-se a resistência nos países invadidos, a resistência guerrilheira contra as forças invasoras. Nessa guerra de caráter nacional, os partidos comunistas e seus militantes tiveram um papel destacado, assumiram com decisão suas responsabilidades e lutaram heroicamente. Constituíram-se alianças e frentes que uniram todos os que defendiam a Pátria, todos os que se opunham ao fascismo: os trabalhadores e os povos, os comunistas e a social-democracia. Em escala internacional se constituiu a grande Frente Antifascista que envolveu os Estados Unidos, Inglaterra, França, União Soviética e um grande número de outros países.

A luta contra o fascismo e a vitória dos aliados significou uma grande cota de sangue - mais de 55 milhões de seres humanos, dos quais 12 milhões foram civis, perderam a vida. A URSS pagou a cota mais alta de vidas: 27 milhões de seres humanos, soldados e civis.

O peso fundamental da guerra recaiu sobre a classe operária e os povos. Particularmente, a União Soviética e o Exército Vermelho constituíram um contingente militar e político que contra-atacou e avançou sobre a Alemanha. Nessas grandes batalhas se incorporaram os operários e camponeses, os democratas e patriotas dos outros países invadidos. Foi uma epopéia militar que libertou vários países e nações.Afrente ocidental, em que batalhavam os exércitos norte- americano, inglês e francês, constituiu o cerco militar que contribuiu para a vitória.

Milhões de soldados do Exército Vermelho percorreram a Europa Oriental e Central, bateram-se heroicamente contra o exército hitleriano, derrotaram-no em sucessivas batalhas e tomaram Berlim em 1° de Maio de 1945.

O Partido Comunista Bolchevique, o governo da URSS, o Exército Vermelho e os povos da União Soviética se uniram fortemente pela defesa da Pátria Socialista, colocaram os imensos recursos do grande país, os grandes frutos da edificação socialista e a vida de milhões de soldados e civis na grande luta pela libertação da humanidade da barbárie do fascismo.

Isso foi possível porque os ideais do socialismo, os princípios do marxismo-leninismo e o internacionalismo proletário animavam o Partido, a classe operária e os povos da URSS; porque o Partido Comunista estava imbuído de responsabilidades de construção e defesa da sociedade socialista, porque a direção do partido soube compreender as circunstâncias econômicas e políticas que desencadearam o conflito e, em conseqüência, traçaram políticas corretas, justas e oportunas, porque o camarada Stalin, dirigente do partido e do Estado soviético, jogou um destacado papel no processo da construção socialista, da construção da unidade do partido e da vontade dos militantes para enfrentar a guerra Pátria.

A vitória sobre o fascismo não pode ser entendida se não for valorizada a extraordinária decisão dos comunistas, da classe operária e dos povos dos países invadidos que, em meio as mais difíceis condições, souberam organizar a resistência armada, a guerra de guerrilhas que lançou formidáveis golpes na retaguarda das forças fascistas, que foram um baluarte militar e político para a derrota e expulsão dos invasores fascistas, que no caso da Albânia e Iugoslávia conduziram à vitória da revolução.

Não se pode ignorar nestas grandes batalha a heróica resistência dos povos dos países da Ásia que foram invadidos pelo Japão, particularmente da China e Vietnã e que sob a condução dos partidos comunistas organizaram a guerra nacional e expulsaram os japoneses, e foram determinantes na derrota do fascismo nesse continente.

O movimento antifascista que se organizou virtualmente em todos os países e que foi organizado pelos partidos comunistas, pelos revolucionários, os patriotas e democratas, desempenhou também um destacado papel nesta guerra e em seu triunfo.

As potências capitalistas que fizeram parte dos Aliados, EUA, Inglaterra, França, Canadá tiveram também um papel destacado, envolveram-se política e militarmente na guerra, empregaram grandes recursos materiais e uma importante cota de soldados.

Aos sessenta anos da vitória dos trabalhadores, dos povos e da humanidade progressista sobre o fascismo e suas ações criminosas e genocidas, os comunistas reunidos na Conferência Internacional de Partidos e Organizações Mar- xistas-Leninistas reafirmamos nosso compromisso com a revolução e o socialismo, com a emancipação de toda a humanidade.

Reiteramos nossa decisão de lutadores pela paz entre os povos e nações, a convicção de que isso só será possível com a derrocada do capitalismo e do imperialismo - fonte de guerras e agressões -, e com a vitória, em escala geral, da revolução, com a edificação do socialismo e do comunismo.

As melhores tradições de luta pela liberdade e pelo socialismo foram escritas pela classe operária e pelos revolucionários proletários, e constituem um legado para as atuais gerações de comunistas que as assumimos com decisão e nos propomos levar adiante, cumprindo a responsabilidade de organizar e fazer a revolução em cada um de nossos países e em escala internacional.

Honra e glória às forças antifascistas!

Viva a União Soviética e o Exército Vermelho!

Viva a classe operária e os povos do mundo que lutam pela sua emancipação!

Abaixo o imperialismo!

Viva a Revolução!