CE: Podres Poderes
Podres Poderes
Por: Sucursal CE
O
Poder Judiciário no Ceará está sob suspeita em
razão das mais diversas denúncias em relação
a atuação de juízes e desembargadores no
desempenho de suas funções.
Segundo levantamento do Observatório do Judiciário (grupo de entidades que fazem uma espécie de controle externo), as denúncias são muito sérias, entre elas: golpe realizado com contas bancárias não cadastradas; atos ilegais praticados por desembargadores e protelamento injustificado de publicação de decisões do próprio Tribunal de Justiça; envolvimento de policiais em assaltos, estupros, furtos de animais e motos, e pistolagem, com acobertamento desses crimes por juízes do interior; favorecimento pessoal do desembargador em ação de desapropriação de área para construção da ponte sobre o rio Ceará; recolhimento de depósitos judiciais em conta pessoal, de abuso de autoridade; contratação, pelo Tribunal de Justiça, por R$ 14 milhões, de empresa de telecomunicações sem licitação; vinculação de magistrado com o crime organizado no Nordeste; favorecimento e impunidade, por parte de desembargador e do Tribunal de Justiça na apuração de delitos cometidos por ex-prefeitos, inclusive envolvidos com o escândalo do Fundef; arbitramento de quantia exacerbada de reparação em ação promovida por magistrada; irregularidades processuais cometidas por magistrados em ações de indenização, inclusive arbitramento de indenizações milionárias contra o Banco do Nordeste e denunciadas pelo vice-governador do Estado; crime falimentar cometido contra credores de massa falida no caso Unibanco; favoreci-mento de apenas um credor em processo cuja instituição financeira estava sob intervenção do Banco Central; favorecimento pessoal de juiz para revogar prisão de radialista, acusado de envolvimento em crimes de roubo e lavagem de dinheiro; existência de escritórios de lobby com a participação de advogados e funcionários do Tribunal de Justiça para influenciar nas decisões; e, diversas outras denúncias envolvendo juízes do interior do Estado.
Este
quadro só vem a confirmar a atual situação dos
poderes constituídos no Brasil, envolvidos em denúncias
de corrupção e favorecimento “legal” de uma elite
burguesa que cada dia mais concentra renda e transfere as
conseqüências da crise do sistema capitalista para nosso
povo, especialmente os trabalhadores e excluídos.
Só não vê quem não quer o Poder Executivo de FHC e FMI, o Legislativo de ACM, Jader Barbalho, Luiz Estevão e Arruda, e o Judiciário de Lalau e Cia., podres poderes e poderes podres.