Operários da Cimobrás param por salários atrasados
Operários da Cimobrás param por salários atrasados
Por: Márcia Silva
Os trabalhadores da metalúrgica Cimobrás em Nova Iguaçu fizeram paralisação no dia 11 de maio para reivindicar salários atrasados e direitos trabalhistas que não estão sendo cumpridos pela empresa, como depositar o Fundo de Garantia, que não está sendo feito desde 1997.
O
sindicato deu sete dias úteis de prazo para a os empresários
acertarem o pagamento, mas estes
disseram que só dariam apenas 40% do salário atrasado e
estão condicionando o pagamento à retirada do sindicato
das negociações. Dois representantes dos trabalhadores
que participam na mesa de negociações junto com o
sindicato foram ameaçados de demissão.
Demitidos não receberam nada
Além dessas irregularidade graves, a empresa vem desenvolvendo uma política de demissão em massa. Dentro de um ano foram quase 200 demitidos, entre eles operários com mais de 20 anos de casa. Não fizeram rescisão de contrato deliberadamente, logo não pagaram nenhum direito sequer o auxílio-desemprego. Os empresários irredutíveis mandaram os demitidos brigarem por seus direitos na Justiça.
O
sindicato solicitou que pelo menos a empresa concedesse uma cesta
básica para os demitidos não passarem fome. Os donos da
empresa se recusaram a dar.
Donos da empresa são acusados de fraudes
Os
donos da empresa, a família Lavouras, alegam crise econômica
para não concederem os direitos trabalhistas. Mas operários
que trabalham no controle de produção afirmam que não
existe crise, pois tudo que é produzido é vendido, a
empresa está com a produtividade a vapor e não há
estoque.
O que pode haver, segundo os funcionários, é desvio de dinheiro. Por cinco vezes, os propietários tentaram decretar falência para não pagarem os trabalhadores, mas a Justiça não concedeu, pois a família é proprietária de vários bens na cidade, possuindo várias empresas de ônibus. Portanto, não podem decretar falência.