Carta do Leitor: Figueiredo, Sarney, FHC prorrogaram seus mandatos. Garotinho exercita tal prática na escola
Carta do Leitor:
Figueiredo, Sarney, FHC prorrogaram seus mandatos. Garotinho exercita tal prática na escola
Por: Gildeth Meira
Professora
Rio de Janeiro
Na edição ao n.º 281 de 16/02/01, o Jornal INVERTA denunciou: “Eleições de Diretores de Escolas no RJ/ Democracia em risco!”, naquele momento o governador Anthony Garotinho prorrogara o mandato dos Diretores de Escola até março de 2001. Numa manobra que esticará para quase um ano o mandato das direções eleitas em 1998 para dirigir as escolas no período 1999/2000.
Lamentavelmente o fato é repetido através da atual secretária de Estado de Educação, Sr.ª Darcília Aparecida da Silva Leite, em que 28/03/01, há apenas 9 dias do encerramento das inscrições de Chapas, de acordo com o calendário definido pela SEE em dezembro de 2000, e há menos de um mês da realização das eleições resolve: através da resolução 2367 de 22/03/01 da SEE, publicada no D.O. de 28/03/01: fixar em 5 o número de mandatos sucessivos a serem exercidos pelos dirigentes das escolas estaduais mediante eleições diretas (zerando o número de mandatos exercidos até o presente); prorrogar mais uma vez o mandato das atuais direções até agosto de 2001; definir novo calendário de eleições, no qual prevê nova Assembléia para constituição da Comissão Eleitoral Local..., o que subtende que a Comissão eleitoral eleita em março de 2001 foi extinta; oferecer o Programa de Capacitação dos Gestores em duas etapas: a primeira para os candidatos em julho de 2001 e a segunda para os novos diretores e diretores-adjuntos empossados.
Par e passo a Educação no Estado do Rio de Janeiro caminha para a privatização; para a exclusão do professor como um dos principais agentes do processo pedagógico; para a divisão; para a violação dos direitos dos estudantes - utilização de estagiários como professores regentes; para o aprofundamento da exploração dos professores com as GLP’s (Gratificação por Lotação Prioritárias), inserção de tecnologias que extrairá mais valia relativa, etc...
Está na hora dos profissionais da Educação do Rio de Janeiro, retomarem algumas experiências extraídas ainda na Ditadura Militar (1974) e posteriormente na década de 80, e partirem para a defesa de seus direitos. Afinal, todos são “obrigados a dar aulas” de cidadania, por que não dar uma excelente aula, exercitando sua própria cidadania?
Lutemos contra o neoliberalismo, caso contrário ele vai nos tragar.