Camaradas, estamos de luto; estamos de luta - Salve o 1º de Maio!
Nota da Redação
Camaradas, estamos de luto; estamos de luta - Salve o 1º de Maio!
O Primeiro de Maio de 1886 foi convencionado como dia internacional dos
trabalhadores pelo Congresso da II Internacional (Associação
Internacional dos Trabalhadores) em 1898, porque esta data mais que
simbolizar um protesto contra a violência e opressão dos
trabalhadores, representou um marco na luta de classes do
proletariado internacional, tendo por base uma de suas reivindicações
históricas: a redução da jornada de trabalho.
Naqueles tempos, se trabalhava de 12 a 16 horas por dia e contra isso
protestos se efetuavam em todas as partes do mundo. Mas foi nos
Estados Unidos, para onde a I Internacional, fundada por Marx e
Engels, mudou sua sede em 1872, que a luta tomou contornos
dramáticos. Nela, mais de 350 mil trabalhadores
norte-americanos se incorporaram desencadeando uma Greve Geral,
justamente nesta data.
A Greve Geral reivindicava a jornada de 8 horas de trabalho. Durante o dia, tudo transcorria bem e o movimento se sentia vitorioso: a greve era pacífica e em vários estados manifestações de apoio à Greve se realizavam na forma de marchas e atos públicos.
Mas,
em Chicago as coisas não iriam ficar assim e os patrões
trataram de armar uma cilada para os trabalhadores. Durante a Marcha
em apoio à Greve Geral, se infiltraram no movimento,
provocadores policiais que lançaram bombas no meio da multidão
e a este sinal a polícia entrou em ação e
disparou cruelmente contra os grevistas. Centenas de ativistas foram
feridos e presos e uma caça violenta se abateu sobre os
grevistas prolongando-se por muito tempo.
Como resultado geral do dia 1º de Maio em Chicago foram barbaramente enforcados: Albert Parson, Auguste Spies, Adolfh Spies e George Engel; foi assassinado na prisão (“suicídio” segundo a polícia) Louis Ling; e foram condenados à prisão Oscar Neebe, Michel Schwaba e Samuel Fielden. Depois deste episódio, o Primeiro de Maio aos poucos foi se convertendo num marco decisivo da luta da classe operária contra os patrões, na medida em que passa a simbolizar até que ponto pode chegar uma luta verdadeira e consciente. É como disse Fidel Castro: “numa verdadeira revolução, ou se triunfa ou se morre”. Assim, os operários passam a protestar em todas as partes e lembrar do episódio até que a II Internacional (a Internacional foi refundada neste Congresso) convenciona-se esta data como o dia internacional dos trabalhadores, um dia de luto e luta.
Esta
edição do Jornal INVERTA é dedicada quase que
inteiramente ao 1º de Maio. O 2º Caderno, que normalmente
se divide em matérias especiais, notícias e análise
da Cultura na sociedade, foi totalmente dedicado ao Especial do 1º
de Maio. Este recurso teve por objetivo torná-lo um material
destacável do jornal para que sindicalistas, militantes do
partido, ou simplesmente
simpatizantes e amigos de nosso Jornal possam fazer o seu trabalho
político de conscientização e agitação
junto à classe operária, mais diretamente nas
manifestações
e mobilizações do 1º de Maio.
Sendo assim, nosso editorial, que normalmente é veiculado nesta página, se deslocou também para o 2º Caderno, para com isto levar a nossa mensagem oficial do Partido ao maior número possível de trabalhadores em nosso país. Contamos com a compreensão de todos e convocamos a que você, camarada, se engaje nesta tarefa importantíssima para a revolução em nosso país: levar o marxismo revolucionário - o marxismo-leninismo - à classe operária através do trabalho político com o Jornal INVERTA. Agora, a iniciativa está com você, camarada; de nossa parte, com esta edição especial, nos resta também participar do mutirão prático e saudar a todos:
Viva o 1º de Maio! Viva a luta internacional da Classe Operária! Viva ao Mártires de Chicago! Proletários de todos os Países: Uni-vos!