EUA: revolta contra crime do Apartheid
EUA: revolta contra crime do Apartheid
Cedido por: Agência de Notícias Xinhua
Mais um crime que reflete a política racista de segregação social imposta à população americana negra transformou a cidade de Cincinnatii num palco de intensas manifestações contra a discriminação. O assassinato de Timothy Thomas, um jovem estudante de 19 anos, morto a tiros pelas costas por um policial branco (Steve Roach), no dia 7, fez entrar em erupção a revolta contida da população por séculos de segregação.
Nem mesmo o toque de recolher imposto pelo prefeito da cidade, Charles Luken, por três dias, fez calar a voz reprimida do povo local, que saía às ruas, mesmo à noite para protestar, o que levou à prisão de cerca de 220 pessoas e ao ferimento de quatro delas, entre as quais estão duas crianças, atacadas por cinco policias que usavam munição “não-letal” (balas de borracha) e se dispersaram. Foram três dias de intensos protestos que aumentaram ainda mais diante da reação fascista da polícia.
O enterro de Timothy transformou-se num grande ato contra a discriminação racial, comandado pelos Novos Panteras Negras. Malik Shabazz, líder do movimento, pediu a população para não se calar diante do crime e se rebelar contra o Estado repressor. O jovem é o 15º negro a ser morto pela polícia desde 1995 e 4º desde novembro passado.