Cúpula da ALCA sofrerá protestos maiores
Cúpula da ALCA sofrerá protestos maiores
Por: JCFL
O projeto anunciado pelo Ministro da Economia da Argentina, Domingos Cavallo, de criar uma cesta de moedas internacionais com o Euro, Dólar e Yene para conversão com o peso argentino, ainda pode demorar a acontecer. Cavallo, na realidade, quer uma aliança estratégica com os EUA ainda antes da ALCA, pois isso traria maiores resultados econômicos para o país do que o Mercosul. A suspensão da TEC (Tarifa Externa Comum) para alguns produtos importados do Brasil pode diminuir o bom relacionamento entre os dois maiores parceiros comerciais do Mercosul.
Na última
reunião em Buenos Aires, venceu a proposta de que a
implantação da ALCA só acontecerá em
janeiro de 2006, e as negociações diplomáticas
teriam um prazo até 2005 para cumprir o cronograma
estabelecido anteriormente. A tentativa de antecipar a ALCA para 2003
foi derrotada, a proposta que prevaleceu foi de continuarem as
negociações até 2005.
Grande parte das indústrias brasileiras temem a concorrência com os produtos importados. Na verdade, poucas estão preparadas para a competição, o que poderá fazer com que os custos de produção tenham que ser rebaixados pelo setor, levando os trabalhadores a perderem os seus direitos sociais e trabalhistas, como forma de baratear os produtos.
Os
ativistas anti-globalização e contrários ao
neoliberalismo pretendem fazer um grande protesto em Quebec, no
Canadá, na próxima sexta feira, dia 20/4.
O governo do Canadá está se preparando para uma guerra
na cidade que será palco da Reunião de Cúpula
dos Chefes de Estado da ALCA. Várias organizações
internacionais que se posicionam contra a globalização
e o neoliberalismo querem
repetir o que aconteceu em Seattle, Washington e
Praga, quando as manifestações atrapalharam os
trabalhos dos organismos internacionais, como o FMI, a OMC e o Banco
Mundial.
São esperados pelos organizadores do evento entre 15 mil e 30 mil manifestantes de ONG’s, sindicatos e mais um série de entidades que estão se organizando para protestar contra a miséria, o desemprego e os crimes ecológicos que são resultados da globalização, do livre comércio e do sistema capitalista com seu projeto neoliberal. Depois do Fórum Social Mundial, que foi realizado em Porto Alegre em janeiro deste ano, a organização de protestos e manifestações contra o modelo capitalista deixaram de ser atos isolados para ter um sentido lógico.
O planeta já está sentindo na pele a ambição capitalista, e um dos exemplos mais claros é a recusa dos EUA de assinar a Convenção de Kioto sobre o Clima, em que a conseqüência imediata é agravar o aquecimento da terra devido à emissão de gases poluentes, o que aumenta a destruição da Camada de Ozônio. A desculpa dos norte-americanos é que isso iria prejudicar suas indústrias, que precisariam se adequar às novas condições atmosféricas, sendo que algumas teriam que fechar por causa da poluição e outras necessitariam colocar filtros para diminuir o problema, o que faria com que os seus lucros fossem menores.