Cúpula de Chefes de Estado do BRICS 2025

A Cúpula de Líderes será realizada entre os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), com a participação de representantes dos países-membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia e Indonésia, que passou a integrar o grupo em janeiro de 2025.

A Cúpula de Líderes será realizada entre os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), com a participação de representantes dos países-membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia e Indonésia (que passou a integrar o grupo em janeiro de 2025).

Várias reuniões preparatórias à cúpula foram realizadas no Brasil. Em 23 de junho, foi realizado o Fórum de Urbanização do Brics, no Palácio Itamaraty, em Brasília, em que os ministros reforçaram o compromisso político de avançar para um modelo de governança multinível a fim de desenvolver cidades mais inclusivas, resilientes e sustentáveis, com foco na redução das desigualdades sociais e dos riscos de desastres. O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho,  destacou a urgência de enfrentamento dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, pela expansão urbana desordenada e pelo aumento das desigualdades sociais nas cidades, como informou a Agência Gov Br.

De dia 30/6 a 4 de julho acontece o encontro dos negociadores políticos do BRICS, no Rio de Janeiro, que antecipa a reunião dos líderes para alinhar compromissos, como o combate às doenças socialmente determinadas, a governança da inteligência artificial e o financiamento climático em prol de soluções concretas para os desafios estruturais do denominado Sul Global. A coordenação das reuniões é do embaixador Mauricio Lyrio que esclareceu, em entrevista exclusiva ao BRICS Brasil, o papel dos diplomatas, em geral, e destacou a política externa brasileira: “A diplomacia, por meio da cooperação internacional, facilita o acesso a recursos e tecnologias, como as vacinas no BRICS, trazendo benefícios concretos para as pessoas. A inteligência artificial também pode ser uma aliada para combater desafios como a mudança do clima e melhorar a saúde, sendo um tema em que a política externa brasileira atua para gerar resultados diretos e impactantes na vida cotidiana das pessoas”.

Em relação ao tema Saúde, foi aprovada em junho a declaração final que recomenda uma parceria para eliminar as doenças socialmente determinadas e que vá além da ampliação da cooperação para vacinas, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que os determinantes sociais da saúde são as condições em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem. Fatores como fome, pobreza e acesso precário à moradia estão entre as principais situações que impactam diretamente a saúde da população.

Sobre as alterações climáticas, a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, reiterou a importância do texto a ser apresentado na cúpula sobre o tema: “Pela primeira vez vai ter um documento que orienta uma ação comum e coletiva do BRICS na área de financiamento climático envolvendo, por exemplo, reformas de bancos multilaterais, um maior financiamento concessional, mobilização também de capital privado e outras questões regulatórias também para assegurar que os fluxos possam fluir para os países em desenvolvimento”, explicou ao BRICS Brasil.

Almeida Rodrigues