45º Festival de Cinema de Cuba
O 45º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano foi iniciado em 11/12/2024 na Sala Charles Chaplin, em Havana, com o longa-metragem argentino "Los domingos mueren más personas", de Iair Said. O tão aguardado evento, que acontece todo mês de dezembro em Havana e em outras cidades cubanas, retorna este ano com novas categorias, personalidades convidadas e países.
Dos 2.17 trabalhos recebidos, 256 foram selecionados de 42 países: 21 da América Latina e os demais da Alemanha, Bélgica, Canadá, Argentina, Bolívia, Brasil, além de Chile, Colômbia, Costa Rica e Equador.
A grande novidade do evento é a estreia mundial da série Nexflix “Cem Anos de Solidão”, cujos dois primeiros capítulos exibidos em uma adaptação para a tela da obra-prima de Gabriel García Márquez. Essa exibição ocorreu na sexta-feira, 6 de dezembro, às 20 h, horário local, no cinema Yara, no bairro de El Vedado, na capital.
Clássicos restaurados serão apresentados, este ano com dois títulos da Argentina, país ao qual será dedicada uma homenagem especial e uma seção no evento.
primeiro desses filmes é uma estreia cubana produzida há 50 anos, “La tregua”, de Sergio Renant, baseado na obra homônima de Mario Benedetti; e “Camila”, de María Luisa Bemberg, um marco entre todos os filmes exibidos no festival, que ganhou o Prêmio Coral.
A edição deste ano do Festival de Havana do Novo Cinema Latino-Americano contará com uma exibição de filmes da Palestina.
Outros destaques incluem o texto “Animação e quadrinhos da vida de Juan Padrón”, bem como a participação do evento na televisão cubana, exposições e apresentações de livros.
O Festival Internacional de Cinema de Havana terminará em 15 de dezembro, fechamento desta edição, mas dois dias antes haverá a apresentação dos prêmios colaterais ao meio-dia e o encerramento com os Prêmios Coral à noite.
Danny Glover destaca papel de Cuba na luta antirracista
O ator estadunidense Danny Glover, que visitou Cuba em 10/12/2024 para participar da Conferência Internacional Cuba 2024. Década para os Afrodescendentes, destacou que a nação caribenha tem desempenhado um papel importante na luta contra o racismo.
Em entrevista exclusiva à Prensa Latina após a inauguração do evento no dia anterior no Palácio de Convenções de Havana, o ativista dos direitos afro-americanos disse: “há muitas lições a serem aprendidas aqui em Cuba que podemos compartilhar”.
Perguntado sobre as projeções de seu país em relação à igualdade e à justiça social, ele comentou: “Há uma suposição de que há esforços para abordar essas questões de racismo nos Estados Unidos.
Ainda há muito a ser feito durante e após a escravidão; o trabalho deve ser feito enquanto conversamos e nos comunicamos sobre essas questões insolúveis das massas, sobre questões de educação, os problemas dos afro-americanos e seu status no mundo, disse ele.
Temos um país com falhas no hemisfério e ainda enfrentamos esses problemas de racismo, acrescentou Glover.
Sobre a conferência internacional que o convoca e na qual ele levantou sua voz para destacar as contribuições de Cuba na luta contra a discriminação racial, ele disse: é um fórum importante na discussão sobre a verdade da história.
De seu lugar na presidência do evento, os simpatizantes de seu trabalho o cumprimentaram e agradeceram por sua participação em um evento que defende a proteção dos direitos dos afrodescendentes, reconhecendo suas contribuições e a preservação de seu rico patrimônio cultural.
Além de colocar seu rosto em produções cinematográficas icônicas, Danny Glover é conhecido mundialmente por seus esforços humanitários e filantrópicos.
Entre muitas outras causas nobres, o artista de 78 anos participou ativamente da batalha pela libertação dos Cinco Heróis Cubanos, presos em cadeias americanas. Glover também é embaixador do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Prensa Latina