1964: o terror continua impune
Quarenta anos depois do golpe militar reacionário de 1964 no Brasil, e que perdurou por quase três décadas, os responsáveis diretos pelo terror de Estado, torturas e assassinatos continuam impunes. E mesmo o Estado reconhecendo a responsabilidade pela morte de centenas de militantes revolucionários, a tortura, perseguição e terror de milhares de outros, esta efusão de sangue e espetáculo de barbárie continua a manchar a bandeira nacional e a reclamar justiça! Não é possível que assassinos e torturados continuem a conviver como se fossem paladinos da justiça, recebendo honrarias e medalhas como se nada tivesse acontecido, como se a herança maldita dos calabouços e casas de torturas tivesse se esvaído completamente da sociedade brasileira e destes tenebrosos anos soçobrassem apenas estórias pouco confortáveis, lembranças amargas, águas passadas. Mas, a história não é bem assim não! Embora, passados 30 anos dos idos “anos de chumbo”, casos como os de Carlos Lamarca, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Arnaldo Cardoso Rocha, Joaquim Pires Cerveira, entre outros, exigem mais que uma simples lembrança ou olhar de pesar; eles exigem a prisão e o julgamento dos responsáveis, é este o espelho em que se miram os protagonistas dos hediondos casos de tortura e assassinato nos dias atuais, como se pode comprovar pelo caso de tortura e assassinato do comerciante chinês pela polícia do Rio de Janeiro, a exemplo de outros tantos em São Paulo e pelo Brasil afora.
O rastro de terror e barbárie deixado pela ditadura chegou ao número de aproximadamente 50 mil levados aos cárceres em todo o país, dos quais cerca de 20 mil foram torturados e aterrorizados, e cerca de 320 foram assassinados, dentre os quais conta-se os 144 considerados desaparecidos. Nenhum militante de esquerda ou homem e mulher de bem neste país pode esquecer este episódio, narrado a sangue e heroísmo por brasileiros. Eram em sua maioria jovens, entre 16 e 33 anos, estudantes, operários, camponeses, militares que se bateram contra o terror e a opressão da ditadura de classe burguesa na sua face militar e policial. Muitos, mal sabiam dar um tiro, outros sequer pegaram em armas ou admitiam esta forma de luta, contudo, não foram poupados, como nos casos de Wladimir Herzog e Frei Tito. O assassinato de Lamarca pelo então Cel. Nilton Cerqueira, como foi denunciado internacionalmente, foi um ato covarde, uma execução sumária quando Lamarca já estava imobilizado e sem poder esboçar sequer uma reação; o assassinato de Aurora foi ainda mais cruel e bárbaro: presa pela invernada de Olaria, seu crânio foi esmagado por uma “coroa de Cristo”; o caso de Arnaldo foi mais um dos assassinatos inescrupulosos do delegado Paranhos Fleury, que sempre justificava a morte dos seus torturados com o laudo de que "foi morto em confronto com a polícia”; o Major Cerveira, todos sabem que foi assassinado sob tortura dois meses após o seu seqüestro, nos porões do DOI-CODI, da Barão de Mesquita.
Eis, portanto, um esquadrinhamento do que foi o terror, o assassinato e a tortura na Ditadura Militar no Brasil, contudo, o regime reacionário foi além disto, seu trabalho, em termos políticos, nos legou um vazio profundo de lideranças, criando o espaço para que as novas gerações assumissem posições chaves em todas as esferas da vida política e cultural no país. Nelson Werneck Sodré mostrou precisamente o que significou para o Brasil o terror da ditadura para o processo cultural e intelectual em seu livro “Fúria de Calibã”. Ele mostra as levas e levas de brasileiros, intelectuais, homens e mulheres de cultura, nos cárceres, nos porões da clandestinidade e no exílio. A lógica da ditadura foi esvaziar qualquer possibilidade de um pensamento nacional de caráter popular e democrático independente dos aparelhos ideológicos do Estado. O ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), o CES (Centro de Estudos Sociais), o CPC (Centro Popular de Cultura), editoras, jornais, universidades públicas, etc, tudo passou ao controle do regime ou foi fechado e destruído. O terror cultural havia se instaurado e sua tática era o método nazista de terror contra a intelectualidade e pessoas de cultura (artistas, poetas, pintores).
É assim que se chegou à situação atual, da resistência à ditadura militar restou-nos bem pouco, o efeito do terror da ditadura sobre o povo, em especial os revolucionários, foi terrível. Em primeiro lugar, porque a ditadura foi seletiva quanto ao processo de eliminação dos revolucionários. Ao contrário da Argentina, que reclama o assassinato de 30 mil militantes, a ditadura aqui matou em torno de 400 militantes, reconhecido pela própria esquerda brasileira, cerca de 320; e a tortura de mais de 20 mil militantes e pessoas do povo em geral criou o sistema de isolamento e desconfiança, o medo da delação, a ameaça do terror, isolou e possibilitou a infiltração e a destruição da luta revolucionária naquele período. Contudo, suas seqüelas chegam aos dias atuais e são visíveis na falta de lideranças e militantes revolucionários preparados. Hoje, grassa o amadorismo em termos de luta revolucionária e em termos intelectuais quase não passamos da cópia, do improviso e da mediocridade. O vazio intelectual abriu espaço para que o neoliberalismo encontrasse um terreno fértil para a sua pregação. Os oportunistas de sempre, hoje reforçados pela crise de lideranças (falta de quadros), é o que mais se vê. Portanto, se hoje, as manifestações culturais nas favelas do Rio de Janeiro se aproximam muito mais do gueto e da cultura de rua dos EUA, Funk, Hip-Hop, Rock in Roll, etc; se no centro do pensamento político e acadêmico no país as premissas são neoliberais, podemos dizer então: “graças à ditadura!”. Da mesma forma, se vemos crescer no comportamento da polícia a mesma barbárie dos anos de chumbo, tortura, terror e assassinato, podemos também dizer: “graças à ditadura!”.
No entanto, uma questão se coloca a todo o momento, e, cedo ou tarde, irá cobrar o seu tributo. A questão é: ATÉ QUANDO TEREMOS QUE ATURAR ESTA HERANÇA MALDITA DA DITADURA MILITAR DE 1964? De nossa parte, continuaremos a luta denunciando: Eles ainda estão impunes, cadeia para os mandantes e torturadores!
Viva todos os que tombaram lutando contra a Ditadura Militar:
Abelardo Rausch Alcântara, Abílio Clemente Filho, Aderval Alves Coqueiro, Adriano Fonseca Filho, Afonso Henrique Martins Saldanha, Alberi Vieira dos Santos, Albertino José de Oliveira, Alberto Aleixo, Alceri Maria Gomes da Silva, Aldo de Sá Brito Souza Neto, Alex de Paula Xavier Pereira, Alexander José Ibsen Voeroes, Alexandre Vannucchi Leme, Alfeu de Alcântara Monteiro, Almir Custódio de Lima, Aluísio Palhano Pedreira Ferreira, Amaro Luíz de Carvalho, Ana Maria Nacinovic Corrêa, Ana Rosa Kucinski Silva, Anatália de Souza Melo Alves, André Grabois, Ângelo Arroyo, Ângelo Cardoso da Silva, Ângelo Pezzuti da Silva, Antogildo Pascoal Vianna, Antônio Alfredo de Lima, Antônio Benetazzo, Antônio Carlos Bicalho Lana, Antônio Carlos Monteiro Teixeira, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Antônio Carlos Silveira Alves, Antônio de Pádua Costa, Antônio dos Três Reis Oliveira, Antônio Ferreira Pinto (Alfaiate), Antônio Guilherme Ribeiro Ribas, Antônio Henrique Pereira Neto (Padre Henrique), Antônio Joaquim Machado, Antônio Marcos Pinto de Oliveira, Antônio Raymundo Lucena, Antônio Sérgio de Mattos, Antônio Teodoro de Castro, Ari da Rocha Miranda, Ari de Oliveira Mendes Cunha, Arildo Valadão, Armando Teixeira Frutuoso, Arnaldo Cardoso Rocha, Arno Preis, Ary Abreu Lima da Rosa, Augusto Soares da Cunha, Áurea Eliza Pereira Valadão, Aurora Maria Nascimento Furtado, Avelmar Moreira de Barros, Aylton Adalberto Mortati, Benedito Gonçalves, Benedito Pereira Serra, Bergson Gurjão Farias, Bernardino Saraiva, Boanerges de Souza Massa, Caiuby Alves de Castro, Carlos Alberto Soares de Freitas, Carlos Eduardo Pires Fleury, Carlos Lamarca, Carlos Marighella, Carlos Nicolau Danielli, Carlos Roberto Zanirato, Carlos Schirmer, Carmem Jacomini, Cassimiro Luiz de Freitas, Catarina Abi-Eçab, Célio Augusto Guedes, Celso Gilberto de Oliveira, Chael Charles Schreier, Cilon da Cunha Brun, Ciro Flávio Salasar Oliveira, Cloves Dias Amorim, Custódio Saraiva Neto, Daniel José de Carvalho, Daniel Ribeiro Callado, David Capistrano da Costa, David de Souza Meira, Dênis Casemiro, Dermeval da Silva Pereira, Devanir José de Carvalho, Dilermano Melo Nascimento, Dimas Antônio Casemiro, Dinaelza Soares Santana Coqueiro, Dinalva Oliveira Teixeira, Divino Ferreira de Souza, Divo Fernandes de Oliveira, Djalma Carvalho Maranhão, Dorival Ferreira, Durvalino de Souza, Edgard Aquino Duarte, Edmur Péricles Camargo, Edson Luis de Lima Souto, Edson Neves Quaresma, Edu Barreto Leite, Eduardo Antônio da Fonseca, Eduardo Collen Leite (Bacuri), Eduardo Collier Filho, Eiraldo Palha Freire, Elmo Corrêa, Elson Costa, Elvaristo Alves da Silva, Emanuel Bezerra dos Santos, Enrique Ernesto Ruggia, Epaminondas Gomes de Oliveira, Eremias Delizoicov, Eudaldo Gomes da Silva, Evaldo Luiz Ferreira de Souza, Ezequias Bezerra da Rocha, Félix Escobar Sobrinho, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, Fernando Augusto Valente da Fonseca, Fernando Borges de Paula Ferreira, Fernando da Silva Lembo, Flávio Carvalho Molina, Francisco das Chagas Pereira, Francisco Emanoel Penteado, Francisco José de Oliveira, Francisco Manoel Chaves, Francisco Seiko Okama, Francisco Tenório Júnior, Frederico Eduardo Mayr, Gastone Lúcia Carvalho Beltrão, Gelson Reicher, Geraldo Magela Torres Fernandes da Costa, Gerosina Silva Pereira, Gerson Theodoro de Oliveira, Getúlio de Oliveira Cabral, Gilberto Olímpio Maria, Gildo Macedo Lacerda, Grenaldo de Jesus da Silva, Guido Leão, Guilherme Gomes Lund, Hamilton Fernando da Cunha, Helber José Gomes Goulart, Hélcio Pereira Fortes, Helenira Rezende de Souza Nazareth, Heleny Telles Ferreira Guariba, Hélio Luiz Navarro de Magalhães, Hélio Zanir Sanchotene Trindade, Henrique Cintra Ferreira de Ornellas, Higino João Pio, Hiran de Lima Pereira, Hiroaki Torigoe, Honestino Monteiro Guimarães, Iara Iavelberg, Idalísio Soares Aranha Filho, Ieda Santos Delgado, Íris Amaral, Ishiro Nagami, Ísis Dias de Oliveira, Ismael Silva de Jesus, Israel Tavares Roque, Issami Nakamura Okano, Itair José Veloso, Iuri Xavier Pereira, Ivan Mota Dias, Ivan Rocha Aguiar, Jaime Petit da Silva, James Allen da Luz, Jana Moroni Barroso, Jane Vanini, Jarbas Pereira Marques, Jayme Amorim Miranda, Jeová Assis Gomes, João Alfredo Dias, João Antônio Abi-Eçab, João Barcellos Martins, João Batista Franco Drummond, João Batista Rita, João Bosco Penido Burnier (Padre), João Carlos Cavalcanti Reis, João Carlos Haas Sobrinho, João Domingues da Silva, João Gualberto Calatroni, João Leonardo da Silva Rocha, João Lucas Alves, João Massena Melo, João Mendes Araújo, João Roberto Borges de Souza, Joaquim Alencar de Seixas, Joaquim Câmara Ferreira, Joaquim Pires Cerveira, Joaquinzão, Joel José de Carvalho, Joel Vasconcelos Santos, Joelson Crispim, Jonas José Albuquerque Barros, Jorge Alberto Basso, Jorge Aprígio de Paula, Jorge Leal Gonçalves Pereira, Jorge Oscar Adur (Padre), José Bartolomeu Rodrigues de Souza, José Campos Barreto, José Carlos Novaes da Mata Machado, José de Oliveira, José de Souza, José Ferreira de Almeida, José Gomes Teixeira, José Guimarães, José Huberto Bronca, José Idésio Brianezi, José Inocêncio Pereira, José Júlio de Araújo, José Lavechia, José Lima Piauhy Dourado, José Manoel da Silva, José Maria Ferreira Araújo, José Maurílio Patrício, José Maximino de Andrade Netto, José Mendes de Sá Roriz, José Milton Barbosa, José Montenegro de Lima, José Porfírio de Souza, José Raimundo da Costa, José Roberto Arantes de Almeida, José Roberto Spiegner, José Roman, José Sabino, José Silton Pinheiro, José Soares dos Santos, José Toledo de Oliveira, José Wilson Lessa Sabag, Juarez Guimarães de Brito, Juarez Rodrigues Coelho, Kleber Lemos da Silva, Labib Elias Abduch, Lauriberto José Reyes, Líbero Giancarlo Castiglia, Lígia Maria Salgado Nóbrega, Lincoln Bicalho Roque, Lincoln Cordeiro Oest, Lourdes Maria Wanderley Pontes, Lourenço Camelo de Mesquita, Lourival de Moura Paulino, Lúcia Maria de Souza, Lucimar Brandão, Lúcio Petit da Silva, Luís Alberto Andrade de Sá e Benevides, Luís Almeida Araújo, Luís Antônio Santa Bárbara, Luís Inácio Maranhão Filho, Luis Paulo da Cruz Nunes, Luiz Affonso Miranda da Costa Rodrigues, Luiz Carlos Almeida, Luiz Eduardo da Rocha Merlino, Luiz Eurico Tejera Lisbôa, Luiz Fogaça Balboni, Luiz Gonzaga dos Santos, Luíz Guilhardini, Luiz Hirata, Luiz José da Cunha, Luiz Renato do Lago Faria, Luiz Renato Pires de Almeida, Luiz Renê Silveira e Silva, Luiz Vieira, Luíza Augusta Garlippe, Lyda Monteiro da Silva, Manoel Aleixo da Silva, Manoel Fiel Filho, Manoel José Mendes Nunes de Abreu, Manoel Lisboa de Moura, Manoel Raimundo Soares, Manoel Rodrigues Ferreira, Manuel Alves de Oliveira, Manuel José Nurchis, Márcio Beck Machado, Marco Antônio Brás de Carvalho, Marco Antônio da Silva Lima, Marco Antônio Dias Batista, Marcos José de Lima, Marcos Nonato Fonseca, Margarida Maria Alves, Maria Ângela Ribeiro, Maria Augusta Thomaz, Maria Auxiliadora Lara Barcelos, Maria Célia Corrêa, Maria Lúcia Petit da Silva, Maria Regina Lobo Leite de Figueiredo, Maria Regina Marcondes Pinto, Mariano Joaquim da Silva, Marilena Villas Boas, Mário Alves de Souza Vieira, Mário de Souza Prata, Maurício Grabois, Maurício Guilherme da Silveira, Merival Araújo, Miguel Pereira dos Santos, Milton Soares de Castro, Míriam Lopes Verbena, Neide Alves dos Santos, Nelson de Souza Kohl, Nelson José de Almeida, Nelson Lima Piauhy Dourado, Nestor Veras, Newton Eduardo de Oliveira, Nilda Carvalho Cunha, Nilton Rosa da Silva (Bonito), Norberto Armando Habeger, Norberto Nehring, Odijas Carvalho de Souza, Olavo Hansen, Onofre Pinto, Orlando da Silva Rosa Bonfim Júnior, Orlando Momente, Ornalino Cândido da Silva; Orocílio Martins Gonçalves, Osvaldo Orlando da Costa, Otávio Soares da Cunha, Otoniel Campo Barreto, Pauline Reichstul, Paulo César Botelho Massa, Paulo Costa Ribeiro Bastos, Paulo de Tarso Celestino da Silva, Paulo Mendes Rodrigues, Paulo Roberto Pereira Marques, Paulo Stuart Wright, Pedro Alexandrino de Oliveira Filho, Pedro Domiense de Oliveira, Pedro Inácio de Araújo, Pedro Jerônimo de Souza, Pedro Matias de Oliveira (Pedro Carretel), Pedro Ventura Felipe de Araújo Pomar, Péricles Gusmão Régis, Raimundo Eduardo da Silva, Raimundo Ferreira Lima, Raimundo Gonçalves Figueiredo, Raimundo Nonato Paz, Ramires Maranhão do Vale, Ranúsia Alves Rodrigues, Raul Amaro Nin Ferreira, Reinaldo Silveira Pimenta, Roberto Cieto, Roberto Macarini, Roberto Rascardo Rodrigues, Rodolfo de Carvalho Troiano, Ronaldo Mouth Queiroz, Rosalindo Souza, Rubens Beirodt Paiva, Rui Osvaldo Aguiar Pftzenreuter, Ruy Carlos Vieira Berbert, Ruy Frazão Soares, Santo Dias da Silva, Sebastião Gomes da Silva, Sérgio Correia, Sérgio Landulfo Furtado, Severino Elias de Melo, Severino Viana Colon, Sidney Fix Marques dos Santos, Silvano Soares dos Santos, Soledad Barret Viedma, Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones, Stuart Edgar Angel Jones, Suely Yumiko Kanayama, Telma Regina Cordeiro Corrêa, Therezinha Viana de Assis, Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto, Tito de Alencar Lima (Frei Tito), Tobias Pereira Júnior, Túlio Roberto Cardoso Quintiliano, Uirassu de Assis Batista, Umberto Albuquerque Câmara Neto, Valdir Sales Saboya, Vandick Reidner Pereira Coqueiro, Victor Carlos Ramos, Virgílio Gomes da Silva, Vítor Luíz Papandreu, Vitorino Alves Moitinho, Vladimir Herzog, Walkíria Afonso Costa, Walter de Souza Ribeiro, Walter Kenneth Nelson Fleury, Walter Ribeiro Novaes, Wânio José de Mattos, Wilson Silva, Wilson Souza Pinheiro, Wilton Ferreira, Yoshitane Fujimori, Zuleika Angel Jones.
Viva o Partido Comunista Marxista-Leninista!
Rio de Janeiro, 1° de Abril de 2004
P. I. Bvilla / pelo OC do PCML