XIV Seminário Internacional de Lutas contra o Neoliberalismo

As atividades relativas aos 28 anos do Jornal Inverta e sua edição 500o foram iniciadas com o recebimento da medalha Pedro Ernesto, comenda da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por iniciativa do vereador Reimont Otoni (PT-RJ), que presidiu a solenidade na noite de quinta-feira, 19 de setembro. O segundo dia do seminário, 20 de setembro, que abordou a “Crise Orgânica do Capital, estratégias globais de superação e geopolítica”, foi iniciado no auditório 11 da UERJ, com a mesa de conjuntura internacional.

As atividades relativas aos 28 anos do Jornal Inverta e sua edição 500o foram iniciadas com o recebimento da medalha Pedro Ernesto, comenda da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por iniciativa do vereador Reimont Otoni (PT-RJ), que presidiu a solenidade na noite de quinta-feira, 19 de setembro.

A mesa de homenagem ao Jornal INVERTA foi composta por Aluisio Bevilaqua, fundador, editor-chefe e membro do conselho editorial, que recebeu, em nome de todo o coletivo do periódico, a mais alta distinção concedida pelo município do Rio de Janeiro; pelo embaixador da República de Cuba no Brasil, Rolando Gomez; pelo cônsul-geral da República Bolivariana da Venezuela no Rio de Janeiro, Edgar Marín; por Osvaldo Cardosa, correspondente da Agência de Notícias Latino-Americana Prensa Latina (PL); por Bianka de Jesus, subeditora e jornalista responsável pelo INVERTA; pela presidenta da Cooperativa INVERTA, Jacqueline Alves; e por Antonio Cícero Cassiano Sousa, presidente do Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES).

A solenidade foi iniciada com a saudação do vereador, que presidiu a entrega da medalha, sobre a imprescindível publicação ao longo de seus 28 anos, seu compromisso com uma informação comprometida com a verdade, com as lutas sociais, dedicada a informar e fazer a defesa do povo trabalhador, que não raras vezes não é retratado pela denominada grande imprensa com seriedade. Reimont resgatou o histórico de lutas do jornal e homenageou o coletivo do INVERTA, representado pelo editor-chefe e fundador do periódico, Aluisio Bevilaqua.

A plenária da Câmara ficou lotada de leitores, amigos e militantes do periódico, oriundos da capital, de sua região metropolitana, Baixada Fluminense, onde floresceu a organização que levou à fundação do jornal INVERTA; delegações de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Belém, Goiás, intelectuais e representantes de entidades significativas da luta social e política do Rio, que por várias vezes ovacionaram o ato durante esta noite histórica e emocionante. Um coquetel oferecido pelo jornal encerrou esta primeira etapa das atividades relacionadas ao aniversário de INVERTA.

O segundo dia do seminário, 20 de setembro, que abordou a “Crise Orgânica do Capital, estratégias globais de superação e geopolítica”, foi iniciado no auditório 11 da UERJ, com a mesa de conjuntura internacional, composta por Rolando Gomez, embaixador de Cuba no Brasil; Monica Bruckmann (REGGEN - Rede de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável-Cátedra da UNESCO / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro); Julia Mariano Pereira (CEPPES - Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais / UFMG - Universidade do Estado de Minas Gerais); Patrick Cacicedo (IBCCRIM - Instituto Brasileiro de Ciências Criminais); e Zacarias Gama (PDETS - Programa Desenvolvimento e Educação Theotonio dos Santos / UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro). A mesa, coordenada por Antonio Cícero Cassiano Sousa (CEPPES/FAETEC - Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro), e Bianka de Jesus (Jornal INVERTA/UERJ), teve como palestrante principal o embaixador Rolando Goméz, que traçou um profundo panorama da conjuntura internacional, tendo como destaque seu país, a luta incansável contra o bloqueio imposto pelos EUA há 60 anos, e revelou a corajosa posição de sua nação diante das ameaças e das medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos. O diplomata declarou a enérgica rejeição de Cuba a mais esta escalada com a decisão do Departamento de Estado de permitir que, de acordo com o Título III da Lei Helms-Burton, sejam apresentados processos judiciais em tribunais dos EUA contra instituições cubanas e estrangeiras fora da jurisdição daquele país, que investiram em propriedades nacionalizadas em Cuba após o triunfo da Revolução.

A mesa seguinte foi “A conjuntura nacional: o golpe e limites do governo Bolsonaro (econômicos, políticos, jurídicos e sociais)”, com a presença de Aluisio Pampolha Bevilaqua (CEPPES/Jornal INVERTA/REGGEN); Gaudêncio Frigotto (THESE-Grupo CNPQ - Trabalho, História, Educação e Saúde-UERJ / PPFH - Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana); José dos Santos Souza (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); e Rafael Rocha (CEPPES/UERJ).

As atividades prosseguiram com a mesa “Meios de comunicação e resistência ao Golpe: Homenagem à edição 500 do Jornal Inverta e Homenagem aos 60 anos da Prensa Latina”, com os palestrantes Bianka de Jesus (CEPPES/UERJ/Jornal INVERTA) e Osvaldo Cardosa, correspondente da Prensa Latina no Brasil, apresentando um relato sobre seus meios de imprensa e exibindo vídeos emocionantes. Também estiveram presentes Francisco Soriano (TVC Rio - TV Comunitária do Rio de Janeiro) e Orvandil Barbosa (Blog Cartas Proféticas). A mesa foi coordenada por Jacqueline Alves (Cooperativa Inverta) e Diego Becker (SP).

O XIV Seminário Internacional de Luta contra o Neoliberalismo continuou durante o sábado (21/09) com as saudações das delegações internacionais. Pela manhã, estiveram presentes o editor do Jornal Inverta, Aluisio Bevilaqua; o cônsul da Venezuela, Edgar Gonzalez; o ministro plenipotenciário e encarregado de negócios da Embaixada do Zimbábue, Charles Machoba; o embaixador de Cuba, Rolando Gomez; e o representante da Prensa Latina, Osvaldo Cardosa.

O professor Aluisio Bevilaqua defendeu a solidariedade entre os povos como Cuba, Venezuela e Zimbábue, presentes no seminário. Os 60 anos da Revolução Cubana foi exaltada por Bevilaqua, assim como a Agência Prensa Latina, que foi uma voz da verdade naquele momento de isolamento e início do bloqueio dos EUA contra Cuba, que já dura 60 anos.

Os 60 anos da Revolução Cubana e da Prensa Latina foram ovacionados por todos os presentes no seminário na UERJ. O embaixador da ilha, Rolando Gomez, falou da história da gloriosa Revolução Cubana liderada por Fidel Castro em 1959, que mudou totalmente a conjuntura política da América Latina e deu ânimo a todos os que sonhavam com um futuro de libertação em nossa região do imperialismo dos EUA.

O representante da Prensa Latina, Osvaldo Cardosa, falou da criação da Agência de Notícias por Fidel Castro e Che Guevara para mostrar a verdade sobre a Revolução Cubana contra as mentiras e o cerco midiático que se formou para difamar os revolucionários que libertaram o país da tutela estadunidense. Foi exibido um filme apresentando toda a luta da Operação Verdade, que mostrou ao mundo a realidade e a veracidade da situação de Cuba naquele momento em que enfrentava um cerco midiático dos grandes monopólios internacionais das agências de notícias.

O ministro da Embaixada do Zimbábue, Charles Machoba, agradeceu ao Jornal Inverta imensamente a Comenda Imprescindível ao ex-presidente Robert Gabriel Mugabe. Em seu discurso, ele falou da luta de Mugabe pela libertação do país africano, contra o colonialismo e na defesa da solidariedade entre os povos explorados do terceiro mundo. Ele reconheceu o editor do Jornal Inverta como lutador em Angola contra o regime racista da África do Sul.

O cônsul da República Bolivariana da Venezuela, Edgar Gonzalez, agradeceu muito a busca da verdade do Jornal Inverta sobre a atual situação na Venezuela, que é muito manipulada pela grande mídia. O exemplo de Inverta como imprensa revolucionária foi saudado pelo representante da Venezuela como forma de romper o cerco dos monopólios da mídia que falseiam fatos e dados sobre o país. A iniciativa de Hugo Chavez de criar a Telesur junto com outros países também estremeceu os alicerces dos barões da imprensa na América Latina.

As atividades de sábado recomeçaram com a mesa de saudação internacional e nacional, coordenada por Ana Alice Teixeira Pereira (CEPPES) e Ênio Chaves dos Reis (CLCN/ES), e foi composta pelo professor Aluisio Bevilaqua; o embaixador Rolando Gomez (Cuba), o ministro Charles Machoba (Zimbábue); o cônsul Edgar Marin (Venezuela); os ex-senadores pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Geraldo Cândido e Lindberg Farias; o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT/RJ); o vereador Reimont Otoni (PT/Rio de Janeiro); Osmarina Portal (PCML-Br); Orvandil Barbosa (CLCN); Michel Damasceno (J5J); Luana Carvalho (MST); Wilson Ribeiro (AMA-SP).

Entrega da Comenda IMPRESCINDÍVEL

Nesta mesa foram homenageados o vereador Reimont Otoni, o professor José Augusto DiJorge Vasconcellos, os militantes Aparecida Pereira da Silva Simões e Valdeci Vieira Simões, e o ex-presidente do Zimbábue, Robert Gabriel Mugabe, por sua trajetória de luta pela independência de seu país. Charles Machoba, ministro da Embaixada do Zimbábue, presente no seminário, agradeceu a comenda: “Aluisio Bevilaqua, fundador e editor-chefe do Jornal INVERTA, me sinto honrado por esse gesto gentil das forças progressistas e revolucionarias do povo brasileiro ao nos presentear com a medalha Imprescindível ao símbolo da libertação africanista do Zimbábue, o irmão Robert Gabriel Mugabe”.

Ato cultural

Neste XIV Seminário Internacional de Lutas contra o Neoliberalismo tivemos o almoço cultural de adesão, onde mais uma vez fomos brindados com a apresentação maravilhosa da Orquestra dos operários aposentados do ABC paulista, que abrilhantaram o evento cantando músicas que marcaram época.

Ainda fomos saudados pelos artistas Idioraci Santos, Ananias Ribeiro, Leni, e Waldirene, que também deu uma canjinha mostrando a música da região Amazônica.

Mas também não poderia faltar a apresentação teatral de nossa querida companhia de teatro EM PARTE, sob a direção de Carlos Castro.

Encerrando o evento, tivemos a apresentação de resistência de nosso querido e amigo Mestre Madeira, com sua roda de Jongo.

Rumo ao Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo!

Em seguida ao almoço cultural, foi iniciada a mesa histórica dos movimentos e lutas que chamou a todos e todas à construção do Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo. A mesma foi composta por lideranças de diversas organizações e movimentos sociais representando nosso país: Waldirene Gonçalves Cruz, Coordenadora da Rede Girau - Rede de Articulação em Agroecologia-Pará; Orvandil Barbosa, Bispo da Igreja Anglicana Tradicional do Brasil e do CLCN-GO (Comitês de Luta contra o Neoliberalismo-Goiás); Jorge Ferreira, Jornal Inverta; Edson Munhoz, CUT - Central Única dos Trabalhadores; Aluizio Junior, Sindicato Nacional dos Moedeiros; Maria de Lourdes, Movimento Unificado dos Camelôs; e Alisson Sampaio, da Rede de Médicos e Médicas Populares. Coordenaram os trabalhos Camila Milani (CLCN-SP) e Sidnei Martins (CLCN-MG).

Veja um pouco do que destacaram os palestrantes e debatedores:

Waldirene Cruz: “Trago comigo um abraço das árvores e do povo amazônico, daqueles que nem sabem o que está acontecendo aqui, mas que esperam que a revolução chegue logo, e ela só chegará se for traçada. Aprendi muito nesses dias. A Amazônia está no olho do furacão do mundo, temos minério, jazida de areia, seixo, florestas (…).

Ênio Chaves do Reis: “É uma alegria especial saudar a edição 500 do jornal INVERTA , nós que de lá do Espirito Santos temos encontrado dificuldades, pois somos um dos estados mais recentes a se engajar nessa luta, vemos dificuldades em vários movimentos populares, a Frente Brasil Popular, o Povo sem medo. Estarmos aqui é encorajador, nós do ES temos uma gratidão por encontrar essas lideranças históricas, que, apesar das dores pelas mortes, não desiste e vem aqui e chama a juventude alinhada com esses mesmos propósitos, nós do ES também estamos nessa linha, essa é a luta, e apesar de difícil a unidade é fundamental. O Lula livre não é o maior elemento para a unidade, mas foi o maior símbolo da quebra da democracia. Lula livre! Estamos juntos!

Edson Munhoz: “Estamos juntos com o INVERTA há algum tempo, sou da geração pós-guerra e vimos muitas mudanças. Na CUT, entrei no Conselho de Saúde, hoje vemos falar de sífilis, que pra mim era uma doença que surgiu na França, no século XVI, o ressurgimento do sarampo. E o nosso estado diz que não tem dinheiro para vacina, é um descaso com o povo e uma politica de extermínio, assim como é o feminicídio, o assassinato de negros e pobres. O Brasil voltou à politica de acabar com os índios, os quilombolas, e não é por acaso, é um plano do capitalismo para exterminar a força de trabalho. Há a destruição também do meio ambiente, não se respeita o gênero, a cultura, é uma pólica mundial, só podemos mudar tudo isto com a luta, e para isso é fundamental a unidade”.

Alisson Sampaio: “Sofremos ataque na saúde no Brasil todo, a privatização deste governo faz com que a crise na área de saúde se aprofunde, eles querem acabar com a universalidade do SUS… Talvez a experiência do programa Mais Médicos do governo Dilma tenha sido a experiência mais ousada na saúde. O neoliberalismo avança em passos largos na saúde de nosso país, então é preciso lutar pelo SUS e pela saúde. Vida longa ao INVERTA e viva a luta da classe trabalhadora!”.

Aluísio Nunes: “Dilma é uma mulher compromissada não só com as questões populares, mas também com a transformação que o país precisava e precisa, por isso botou 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% na saúde, mas essa elite não permite que o povo tenha ascensão. O atual ministro quer fazer de nosso país uma feira, uma quitanda, querem vender tudo, a Casa da Moeda do Brasil tem 325 anos, ela é responsável pela nossa soberania monetária, mas querem desfazer esse nosso patrimônio… O INVERTA mantêm nossa chama de esperança acesa, vida longa ao INVERTA!

Jorge Ferreira: “Faço parte dessa conjuntura, dessa família que é o jornal INVERTA. A luta é árdua hoje, enquanto estamos aqui, a polícia estava entrando em uma favela bem perto da gente, matando preto e pobre. Na entrada fui parado, sofremos racismo o tempo todo, e se não é o conhecimento ficaria difícil resistir, por isso agradeço ao meu jornal. Quando vemos a história também pelo fotocromo, uma história que não é contada, a transformação depende dela, quando estamos enquanto INVERTA na aldeia Maracanã, quando estamos na rua o tempo todo fotografando, minha fotografia é o movimento popular, Dilma e Lula sofreram racismo porque defenderam pobres, negros, índios... ele é preto e ele é nosso! Dilma foi na casa da Mãe Beata, em Miguel Couto (...).

Orvandil Barbosa: “Estamos aqui para comemorar os 28 anos do jornal INVERTA, mas também o XIV Seminário Internacional de Lutas contra o Neoliberalismo, são 14 anos trazendo pessoas, acumulando forças, todo um esforço que se expandiu para várias partes do país. O INVERTA, que surgiu de uma molécula, hoje representa um conjunto de moléculas que a partir desta tarde se transformará em um Rio Amazônico que percorrerá o Brasil inteiro contra o neoliberalismo e o imperialismo, vamos nos transformar em Congresso Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo.

Em seguida, Orvandil fez a leitura da carta de Chamamento ao Congresso Nacional de Lutas contra o Neoliberalismo.

Viva INVERTA! Ousar lutar, ousar vencer! Venceremos!

Sucursal RJ - Redação

Imagens do Seminário:

1º dia “Solenidade de entrega da Medalha Pedro Ernesto ao Jornal Inverta”

2º dia “XIV Seminário Internacional de Lutas contra o Neoliberalismo”