Crise Mundial afeta comércio
Crise Mundial afeta comércio
Por: JCFL
Os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) fizeram proposta de negociação na OMC em relação aos produtos agrícolas: diminuir as tarifas alfandegárias dos países desenvolvidos em 6% ao ano, além das cotas e subsídios nas importações dos países em desenvolvimento. A União Européia (UE) é a região do planeta que mais impede a entrada de produtos agrícolas de fora de suas fronteiras, já que com o seu subsídio à agricultura, ela impõe regras de comércio no mercado mundial de “Commodities”.
Com a crise econômica internacional, que começa com a desaceleração da economia dos EUA, os países estão tentando resolver a crise de superprodução com a destruição das suas forças produtivas (força de trabalho e meios de produção). As várias doenças, como o “Mal da Vaca Louca” e a febre aftosa, que estão aparecendo nos rebanhos de gado em uma série de países do mundo é mais uma queima do excedente de produção.
A atual negociação de produtos agrícolas estava prevista desde a Rodada do Uruguai, mas alguns especialistas em comércio exterior afirmam que será necessária uma nova rodada internacional para organizar o mercado mundial de produtos da agricultura. A previsão é que essa nova negociação global deve ser iniciada em 2002 e durar de quatro a cinco anos presumivelmente.
A proposta do Mercosul é que se diminua em 6% ao ano as tarifas nas importações agrícolas dos países desenvolvidos, e os países em desenvolvimento diminuiriam 2,4% depois de 2004. O volume de cotas seria ampliado nos países ricos em 33% do consumo doméstico do período base de 1986-1988 e nas nações em desenvolvimento 22% anualmente em 2004. Pelo atual acordo agrícola, se as negociações forem interrompidas, serão suspensas as salvaguardas especiais que permitem aos países desenvolvidos frearem as exportações que ameacem seus produtores domésticos.
Grã-Bretanha: déficit comercial recorde
O déficit comercial da Grã-Bretanha atingiu níveis recordes, principalmente com a desaceleração da economia dos EUA, que é um dos maiores parceiros do comércio internacional com os ingleses. A balança comercial entre a Inglaterra e o resto do mundo apresentou um déficit no mês de março de US$ 3,03 bilhões com um aumento de US$ 864,55 milhões em relação a fevereiro.
Com a provável recessão nos EUA, as exportações declinaram para US$ 4,9 bilhões. O déficit trimestral até março foi de US$ 7,49 bilhões, que é o maior desde 1989. O que mais preocupa é que o superávit no setor de serviços, que é a parte mais importante da exportação da Grã-Bretanha não se alterou no mês e ficou em US$ 1,15 bilhão.
A Agência Nacional de Estatística (Oficial) do país mostrou que o déficit comercial da Inglaterra no setor de bens no trimestre foi o mais alto em toda a história da Grã-Bretanha, que chegou a US$ 11,10 bilhões.