Diagnóstico do apagão

O modelo energético brasileiro fracassou e coloca o País diante de uma crise econômica jamais enfrentada pela República. O Governo pensa empurrar a crise com a barriga e fazer racionamentos. Isto não resolverá o problema e, pior: todos sabem que a crise não é por falta de chuva e sim porque não foram feitos os investimentos necessários, quer nas hidrelétricas, quer nas linhas de transmissão.

Diagnóstico do apagão

Por: Aldo Alvim
Coronel FFAA


O modelo energético brasileiro fracassou e coloca o País diante de uma crise econômica jamais enfrentada pela República. O Governo pensa empurrar a crise com a barriga e fazer racionamentos. Isto não resolverá o problema e, pior: todos sabem que a crise não é por falta de chuva e sim porque não foram feitos os investimentos necessários, quer nas hidrelétricas, quer nas linhas de transmissão.

De acordo com o Almanaque Abril de 1999, pag. 51, o Brasil tem um potencial hidroelétrico de 260 mil Megawatts, mas em operação apenas 54 mil, em construção 7 mil, sendo disponíveis quase 200 mil Megawatts- a maior disponibilidades do mundo. Quanto às chuvas : quando não chove numa região chove noutra, por isto o sistema tem de ser interligado.

Na atual crise energética nem mesmo os empresários mostram-se aliados do Governo. Alguns ameaçam ir para a Argentina e outros em voltar para a Europa.

O Brasil tem que admitir que seu modelo energético fracassou. Sua solução terá quatro opções; primeira opção: Fernando Henrique admite o fracasso do modelo energético e responde com vultuosos investimentos governamentais em energia. Isto significará o seu rompimento com Malan e Fraga. Atualmente 77% do orçamento de 939 bilhões é para pagar dívidas. Para fazer novos investimentos, esta equação tem que ser mudada.

Segunda opção: Fernando Henrique não faz a opção um. O Congresso faz seu impedimento e seu sucessor faz a opção um.

Terceira opção: Nenhuma das alternativas acima é implementada. O povo e os empresários conseguem que o Exército dê um golpe e instale um novo governo, que ativa a opção um.

Quarta opção: Nenhuma das alternativas acima é implementada. A Economia entra em caos, com greves, incêndio de fábricas, transportes e saque a supermercados. A insegurança se generaliza, com várias organizações não governamentais se degladiando pelo Poder.