Governo FHC: corrupção e sucessão

Num cenário de denúncias de corrupção que envolvem o Governo Federal; os maiores índices de rejeição do governo de FHC e seu projeto neoliberal; a maior desvalorização da “moeda forte”, o real; e o imenso contingente de brasileiros desassistidos nas suas necessidades elementares, cerca de 54 milhões de compatriotas, foi dada a largada para a disputa presidencial/ 2002.

Governo FHC: corrupção e sucessão

Por: Rosa Terço

Num cenário de denúncias de corrupção que envolvem o Governo Federal; os maiores índices de rejeição do governo de FHC e seu projeto neoliberal; a maior desvalorização da “moeda forte”, o real; e o imenso contingente de brasileiros desassistidos nas suas necessidades elementares, cerca de 54 milhões de compatriotas, foi dada a largada para a disputa presidencial/ 2002.

Com o desgaste que o governo vem sofrendo, FHC não ousou pleitear um terceiro mandato, a la Fujimori, mas vem fazendo palanque de suas inaugurações, Brasil afora, para os candidatos do seu partido, PSDB, mais notadamente José Serra, seu amigo e Ministro da Saúde. Setor que recebeu maior montante de verbas para as obras assistenciais, como parte do projeto pré-eleitoral. O mesmo se deu com o Ministro Paulo Renato, da Educação, o segundo da lista; Malan só entrou para confundir e não se fala mais nele.

FHC, temendo entrar para a História como uma das administrações mais corruptas que já teve esse país, providenciou seu megaplanossocial, o Projeto Alvorada, e distribuiu verbas públicas para seus ajudantes, nem só os do PSDB, abafando CPI da corrupção e pondo sua amiga, a Corregedora Anadyr, a investigar as falcatruas no seu governo.

Essas medidas fizeram a oposição espernear e maiores e infindáveis denúncias de corrupção começam a surgir. Dessa vez envolvendo seu mais forte aliado, o PMDB, na figura do Senador Jáder Barbalho, presidente do partido e do Congresso Nacional, a quem FHC tem confiado a aprovação das suas propostas ( aumento do salário mínimo, prorrogação da CPMF, reforma tributária, reedição de MPs, etc).

Sabemos que, em ano pré-eleitoral os podres poderes vêm à tona e as ratazanas brigam entre si para abocanhar uma maior teta do estado burguês e continuar sugando o povo. Até ACM posou de oposição e a pequena burguesia, a oposição consentida, aderiu logo. Essa tem sido a tática da burguesia, após sua ditadura militar: um calendário eleitoral de 2 em 2 anos, entremeado de campeonatos de futebol, carnaval prolongado e curas milagrosas para desviar a atenção do povo dos seus reais problemas e reivindicações.

Mas os problemas do povo são tantos e tão visíveis que mesmo o Governo Federal despejando milhões de reais em propaganda para tentar convencer a população dos seus projetos sociais, não tem conseguido simpatia para seus pré-candidatos.

Precisou lançar mão do Gugu como garoto-propaganda do seu partido e o próprio FHC dirá ao povo que, no próximo ano o salário mínimo terá um aumento de R$ 3,60, que os funcionários federais, civis e militares, terão reajustes salariais (os primeiros sem aumento desde o início da era Cardoso, os últimos tiveram maior poder de persuasão); tentará tirar a imagem de corrupção que envolve o governo. O que será difícil, se tomarmos em conta a declaração do secretário-geral do PSDB, Márcio Fortes (RJ) de que nesse governo, o Brasil inteiro está estudando, seja informática, línguas, etc.

FHC anuncia que seu partido terá candidatura própria e vislumbra uma possível dobradinha para continuar sua escalada entreguista, José Serra e Jarbas Vanconcelos. O jogo está apenas começando. Itamar Franco que se cuide.