Ações da ultradireita contra o Povo trabalhador: O apedrejamento da professora em Camaçarí-BA
A extrema-direita no Brasil criou, em 2016, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do sul, a instituição denominada “Brasil Paralelo e Educação S/A, visando difundir as ideias reacionárias da ultradireita, fomentando o ódio e divulgando mentiras para destruir as perspectivas de um governo popular e propostas socialistas. Foi neste ano que Dilma Rousseff teve seu mandato cassado. Baseado nas ideias de Olavo de Carvalho, reacionário falecido, que é referência para os extremistas.
Desde então, esta instituição passou a organizar vídeos, documentários e agora estão produzindo filmes com mentiras contra os brasileiros que lutam por uma sociedade justa e igualitária. Estas atividades procuram enganar muitos trabalhadores.
Segundo o Intercept, eles captam “mecenas” para doações e sustentar todo o trabalho contra a esquerda brasileira e teriam conseguido influenciar 284 escolas e ONGs.
O Brasil Paralelo capta ‘mecenas’ para financiar sua organização e combater a esquerda, já chegou a 284 escolas e ONGs. Até o nome mecenas foi copiado da Roma antiga, pois eram muito ricos que dominavam o poder e lutavam para se manter explorando os trabalhadores.
A instituição surgiu na década em que a extrema-direita organizou-se para combater e destruir as lideranças populares como Lula e Dilma, visando destruir as políticas que atendiam os trabalhadores e fortalecer o capitalismo, condenando a maioria da população brasileira à fome e miséria, e divulgando falsas notícias da extrema direita e do capitalismo, cometendo verdadeiros crimes conta a população. Esta política teve apoio do presidente Bolsonaro, que distorcendo a História do Brasil, como foi colocado no seriado “A Última Cruzada”, exibido em dezembro de 2019 pela TV Escola, em que a Associação Nacional de História protestou pelo conteúdo de grupo extremista e foi retirado do ar. Chegaram ao cúmulo de realizar películas que distorcem a história da ditadura de 1964 e tantas outras mentiras acerca da história.
Esta instituição, ao divulgar em escolas contra o combate ao racismo e contra o feminismo, contribuiu, de certa forma, para o apedrejamento da professora Sueli Santana de Camaçari-Bahia, 51 anos, por alunos, após a aula sobre cultura Afro-brasileira. A professora teve ferimentos, sendo o mais grave no pescoço. Este fato ocorreu no dia 29 de outubro de 2024, na Escola Municipal Rural Boa União. Ela estava cumprindo o dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira - Lei Darcy Ribeiro (LDB 9.034/96), que incluía no currículo escolar a História e Cultura Afro-Brasileira. A aula antirracista também tem fundamento na Lei 10.639/2003, que torna obrigatória nas escolas a inclusão no ensino da história e cultura afro-brasileira.
Sueli foi impedida pela direção da escola de utilizar o livro “ABC dos Povos Afro-brasileiros” após reclamações dos pais. Foram adolescentes e crianças que atiraram as pedras, mas foi sinalizado que esta atitude vieram de adultos. Até o momento, a Secretaria de Educação não tomou as devidas providências para defender a professora.
Em suma, ressalto o risco que esta política da instituição fomente e desenvolva atrocidades deste gênero. É importante que o Ministério da Educação tome providências de luta contra isto.
Ana Alice Pereira