China protesta junto aos EUA
China protesta junto aos EUA
BEIJING (Xinhua) — A China formulou uma proposta solene contra os EUA sobre o abalroamento pelo avião militar de vigilância estadunidense de um avião de combate chinês sobre o Mar da China Meridional, no domingo, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês.
O ministro adjunto das relações exteriores, Zhou Wenzhong, formulou o protesto durante uma reunião com o embaixador americano na China, Joseph Prueher, no domingo à noite. No domingo pela manhã, um avião de vigilância militar estadunidense se aproximou do espaço aéreo chinês no sudeste da província insular de Hainan e dois aviões de combate chineses se apressaram em persegui-lo.
Às 9h07 da manhã, a 104 km a sudeste da Ilha de Haina, o avião estadunidense desviou sua rota em direção aos aviões chineses, colidindo e provocando a queda de um deles.
A parte chinesa está muito preocupada pelo desaparecimento do piloto chinês do avião que se espatifou, e está buscando ativamente seu paradeiro. Sem permissão da parte chinesa, o avião de vigilância militar estadunidense entrou no espaço aéreo chinês e realizou um pouso de emergência no Aeroporto Lingshui, da Ilha de Hainan, às 9h33 da manhã, hora local.
Zhou disse que foi normal e de acordo com a prática internacional que os aviões militares chineses perseguissem o avião de vigilância sobre as áreas marítimas da China.
A causa direta da avaria e queda do avião chinês foi que o avião estadunidense manobrou repentinamente em direção do jato chinês, o que é contrário às regras de vôo. Portanto, os EUA devem assumir toda a responsabilidade decorrente do fato - afirmou Zhou.
Ele disse que o povo chinês exige uma explicação dos Estados Unidos sobre as seguintes perguntas: Por que o avião militar americano se aproximou de um local tão próximo da China? Por que o avião estadunidense fez uma manobra tão repentina, abalroando e avariando depois o avião chinês?
Zhou reiterou que a intromissão do avião militar no espaço aéreo da China e sua aterrissagem de emergência sem permissão chinesa constituiu uma flagrante violação da soberania nacional do país.
A China se reserva o direito de uma negociação adicional com os EUA sobre as perdas causadas pelo incidente e sobre a intromissão do avião estadunidense em seu espaço aéreo e sua aterrissagem no aeroporto chinês sem sua autorização, acrescentou Zhou.
A chancelaria informou que o embaixador chinês nos Estados Unidos, Yang Jiechi, se reuniu com os funcionários correspondentes do Departamento de Estado dos Estados Unidos no mesmo dia que formulou um protesto solene perante os EUA sobre a questão.