Torcida do Bangu contra o Fascismo e o Golpe

No último dia 28 de julho, o movimento político de torcida B16-Bangu Antifascista realizou no Largo de Bangu em frente à sede do Bangu Atlético Clube o ato Bangu Contra Bolsonaro. O ato foi convocado pelo coletivo de torcedores após sofrerem o que classificaram como maior humilhação da sua história, quando no sábado dia 23 de julho, o salão nobre do clube foi utilizado como palco para o lançamento da candidatura à prefeitura do fascista de Flávio Bolsonaro (PSC).

No último dia 28 de julho, o movimento político de torcida B16-Bangu Antifascista realizou no Largo de Bangu em frente à sede do Bangu Atlético Clube o ato Bangu Contra Bolsonaro. O ato foi convocado pelo coletivo de torcedores após sofrerem o que classificaram como maior humilhação da sua história, quando no sábado dia 23 de julho, o salão nobre do clube foi utilizado como palco para o lançamento da candidatura à prefeitura do fascista de Flávio Bolsonaro (PSC).

Tal evento gerou revolta dos torcedores organizados, pois o episódio ia completamente na contramão da história do clube, que foi o primeiro formado por operários no Brasil, o primeiro a incluir negros na equipe, e ainda contava com símbolos progressistas e revolucionários como ter seu Estádio Proletário de Moça Bonita inaugurado pelo Cavaleiro da Esperança Luiz Carlos Prestes em 1947 e ter torcedores famosos como o romancista do povo Jorge Amado e o grande líder popular Leonel Brizola, tendo o Bangu seu lugar cativo na história do futebol brasileiro por ter sido o pioneiro na luta pela democratização do esporte e da luta contra o racismo, ainda ganhando o primeiro campeonato profissional do país em 1933, e sendo campeão mundial de clubes em 1960.

O Jornal Inverta, o Movimento Nacional de Lutas Contra o Neoliberalismo e Pelo Socialismo e a Juventude 5 de Julho se somaram ao ato, difundindo o Jornal Inverta e ainda coletando dezenas de assinaturas no abaixo-assinado “Fica Dilma”. Ainda comporam ato representantes de sindicatos de educação, da Frente Brasil Popular, da União Estudual dos Estudantes-RJ, da União da Juventude Socialista, a União da Juventude Rebelião, da Frente Povo Sem Medo, além de representantes do Vasco Antifascista e Botafogo Antifascista.

O ato foi um sucesso contando com mais de uma centena de presentes, provando que é possível sim organizar eventos de tal tipo na periferia e com a juventude proletária e deslocar manifestações dos centros das cidades e das universidades para os bairros aonde vivem o povo, mostrando que espaços como as torcidas de futebol são passíveis de disputa política e possíveis focos de futuros embriões de poder popular se feito trabalho diaramente vivendo as coisas do povo, sendo a B16 já em menos de um ano de trabalho um exemplo nacional para a atuação política de massas nas torcidas de futebol em combate ao futebol moderno e em favor das lutas populares de bairro e da formação de consciência de classe dos jovens trabalhadores e filhos da classe da classe trabalhadora.

O ato além de denunciar o fascismo da família Bolsonaro que representa o ódio de classe aos mais pobres, aos favelados, a população negra e a disseminação da homofobia e da cultura do estupro, ainda atacou a atual gestão do Bangu A.C que se encontra aparelhada por laranjas de Rubens Lopes (atual presidente da FERJ e ex-presidente do Bangu) que tem afundado o clube não apenas no sentido futebolístico, mas também em seu sentido moral dando postos de direção à fascistas como o vice-presidente do clube Fábio da Paz que assinou em nome do clube a criação do Partido Militar Brasileiro, além de exercerem uma gestão antidemocrática que afastam os torcedores dos estádios e dificulta a associação ao quadro de sócios, além de não realizar eleições transparentes.

Foi ressaltado a importância de denunciar e combater o atual Golpe de Estado e realizar mais atos de tipo de frente ampla na periferia em combate ao ilegítmo governo de Michel Temer, que tem atacado a classe trabalhadora como nunca se viu desde a derrota do governo neoliberal de FHC em 2002, ainda se colocou pelos presentes a necessidade de organizar espaços na periferia de resistência ao golpe, politizando o povo em todos os espaços aonde eles vivam e restituir o mandado légitimo da presidenta Dilma Rousseff em defesa da soberania nacional, das empresas públicas, dos programas sociais e das conquistas da classe trabalhadora.

O ato ao contrário do que esperavam os grupos fascistas que atacavam os organizadores pela internet com ameaças chegando a derrubar a página da B16 duas vezes na véspera do ato ocorreu de forma pacífica, sem os presentes caírem em qualquer provocação, terminando o ato na porta da sede do Bangu A.C com os manifestantes cantando o hino do clube. Que surjam em todo Brasil exemplos como de torcedores polítizados e organizados nas arquibancadas como a B16 que luta contra o futebol moderno, o fascismo, o golpismo e disputa ideologicamente pela organização popular os corações e mentes da juventude através dessa paixão nacional que é o futebol.

 FASCISTAS, GOLPISTAS NÃO PASSARÃO!

ÓDIO ETERNO AO FUTEBOL MODERNO!

FORA TEMER, FICA DILMA!

Juventude 5 de Julho-RJ.