Petroleiros brasileiros aderem à greve por tempo indeterminado
O início hoje de uma greve por tempo indeterminado em 10 refinarias de Petrobrás colocou em marcha um novo dia de greve e protestos no Brasil contra as antipopulares reformas impulsionadas pelo denunciado presidente Michel Temer.
Desde às 00:00 (hora local) desta sexta-feira foi marcado o começo da greve naquelas instalações nas quais a direção da Petrobrás, sem nenhuma negociação com os sindicatos, reduziu postos de trabalho. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), essa ação administrativa potencializará, ainda mais, os riscos de acidentes trabalhistas.
Em um comunicado, a FUP sustentou que em razão dessa redução e da ausência de diálogo em torno de decisões como essa, que afetam diretamente as condições de trabalho, a greve que começa hoje deve ser estendida por tempo indeterminado. Além das refinarias, nesta sexta-feira se somarão ao protesto nacional contra as reformas trabalhista e do sistema da Previdência os trabalhadores das plataformas de exploração e os centros de distribuição de Petrobrás.
De acordo com fontes sindicais diversas, a paralisação de hoje será acatada também em São Paulo e no Distrito Federal pelos metroviários, motoristas e motoristas de ônibus, bancários, professores das escolas públicas e privadas, e servidores públicos federais, entre outras categorias. No caso de Brasília, a expectativa é que o transporte público, que atende diariamente cerca de um milhão de pessoas, faça uma greve de 24 horas.
A mobilização deve ser cotidiana, concientizando à classe trabalhadora sobre a importância da unidade e pressionando aos parlamentares para que votem contra esses retrocessos, disse a dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) Rosilene Correia de Lima.
Em São Paulo, entretanto, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Brasil (CTB), junto a outras entidades sindicais e movimentos sociais, convocaram um ato em frente à Superintendência Regional do Trabalho, na parte da manhã, e outro na Avenida Paulista a ser iniciado na parte da tarde.
Também estão previstas ações enfiladas a "Parar Brasil" em Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Maranhao, Ceará, Matto Grosso e Rio Grande do Sur, entre outros estados.
A devastadora reforma trabalhista, denunciada pelas centrais sindicais como o mais brutal ataque lançado pelo governo de Michel Temer contra os direitos dos trabalhadores, deve ser votada pelo Senado Federal antes de 17 de julho próximo, quando começará o recesso parlamentar.
PL