Nota de repúdio à prisão de Julián Conrado, cantor revolucionário e guerrilheiro
Em operação conjunta entre a polícia política colombiana (DAS) e a polícia venezuelana, foi detido, em solo venezuelano, Julián Conrado, cantor revolucionário colombiano.
Esta perseguição a um revolucionário que dedicou toda sua vida a luta da classe operária e de todo povo pobre colombiano nos enche de consternação e indignação. Essa ação infame foi antecedida pelo sequestro na Venezuela e posterior entrega ao fascismo colombiano do jornalista Joaquín Pérez Becerra e de outros revolucionários.
Julián Conrado, membro do estado maior das FARC-EP, é autor de dezenas de canções revolucionárias que em todo o mundo animam a moral dos lutadores sociais e embalam a luta dos povos.
A Colômbia hoje é governada por uma oligarquia sanguinária que a ferro e fogo se mantem no poder com o apoio de bilhões de dólares do imperialismo estadunidense, do qual é o maior representante na região. Uma recente cifra do Instituto de Medicina Legal, órgão do próprio estado colombiano, que contabiliza mais de 38 mil desaparecidos nos últimos 3 anos, dá uma dimensão do genocídio cometido pelo narcoestado terrorista colombiano.
Em um momento em que a Venezuela é atacada pelo imperialismo através de sanções econômicas à estatal PDVSA, por associação ao Irã, um estado que eles chamam de “terrorista”, não podemos aceitar que revolucionários sejam entregues a um estado genocida que também qualifica seus opositores políticos como “terroristas”.
Exigimos a imediata libertação de Julián Conrado e que cesse a política de perseguição aos revolucionários latino-americanos que evoca a triste Operação Condor.
Os proletários de todo o mundo saberão se defender e assumirão o dever de libertarem, da forma que seja, todos os presos políticos do império.
Partido Comunista Marxista-Leninista (Brasil)